Com direito a solo de Rafael Melo e direção artística e regência de Luiz Fernando São Thiago, a orquestra interpreta obras históricas, com a nova série de concertos "Música no Tempo"
Nos dias 27 e 28, às 20h, a Camerata di Venezia apresenta a nova série de concertos “Música no Tempo” no Teatro Municipal e Santuário Nossa Senhora de Caravaggio, ambos em Nova Veneza. Os concertos têm entrada gratuita e transmissão ao vivo.
O programa do concerto explora obras de períodos históricos da música erudita, em que a forma e o conteúdo refletem o pensamento dominante de cada época. Em ordem cronológica o repertório revela obras do período Barroco (c. 1600 a 1750), Clássico (c. 1750 a 1820) e Romântico (c. 1820 a 1900).
O período Barroco caracteriza-se especialmente pelo nascimento da polifonia, música com duas ou mais vozes que simultaneamente formam uma harmonia. Deste modo, apesar de serem sons independentes, o ouvinte percebe-os como um todo em contraste com a prática anterior de predomínio da monofonia, realizada apenas com uma voz. É nesse período que os instrumentos musicais passam a ter um lugar de destaque, dando abertura para o surgimento de orquestras e óperas. No período seguinte Clássico, busca-se a volta da simplicidade, para uma música que agrade imediatamente ao ouvido. Já no período Romântico, surge a individualidade como tema central das obras, com maior duração, ampliando todas as estruturas musicais estabelecidas do período. O foco passa a ser a expressão de sentimentos do artista e o virtuosismo como norma. A questão central não era mais a forma da música, e sim, o que estava além da partitura: o afeto e a emoção.
A composição de G. P. Telemann, Suíte Dom Quixote, apresenta a saga de Dom Quixote de La Mancha de Miguel Cervantes através de uma forma musical característica do período Barroco denominada “Suíte”. Em que é dividida em diversos movimentos contrastantes em termos de ritmo e melodia. O “Divertimento” de Mozart, composto por ele com apenas 16 anos, é uma elaboração musical do período Clássico alegre e cheio de energia com o objetivo de entreter a aristocracia durante suas festividades e jantares. Já a “Rapsódia” Húngara de Popper, traz a proposta do espírito que reinava no romantismo, da individualidade virtuosística e extremo lirismo, em que apenas um instrumento toma a narrativa. Para interpretar esta obra teremos a participação de nosso chefe de naipe dos violoncelos, Rafael Melo. Para o concerto de sexta-feira, o programa é ampliado com compositores dedicados a música popular e folclórica que caracterizam o Brasil, Argentina e Espanha. Essa música atemporal que surge de tradições culturais de seus países enriquece nosso repertório com ritmos e melodias marcantes.
Rafael Melo, solista da noite, iniciou seus estudos de violoncelo aos 12 anos de idade com o Professor Marciel Miguel, em Içara. É Bacharel em Violoncelo pela Universidade Estadual de Santa Catarina, onde foi aluno do Professor Dr. Hans Twitchel (EUA). Como bolsista integral, estudou no Conservatório de Música da Nicholls State University, na Louisiana, Estados Unidos, sob a orientação do Professor Dr. Dennis Parker (EUA). Tem ampla experiência orquestral, atuando também como solista convidado em diversas orquestras.
Além disso, participou dos principais festivais de música do Brasil e foi bolsista em festivais na Europa e Estados Unidos. No Festival de Música de Santa Catarina (FEMUSC), participou do programa avançado, onde tocou na Orquestra regida pelo lendário Violinista Leon Spierer, Spalla da Filarmônica de Berlin (1963-1993).
O Evento conta com medidas de acessibilidade para o acesso (SIA), vídeo introdutório com audiodescrição (AD) por Voz da Visão e intérprete de Libras da AcessiLibras.
Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal.
Luiz Fernando São Thiago, diretor artístico e regência
Bacharel e Mestre em práticas interpretativas com especialidade no violino pela Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Tem exercido intensa atividade profissional como professor, instrumentista e regente a nível nacional e no exterior por mais de 30 anos.
Dia 27 de julho, quinta-feira às 20h no Teatro Municipal
TELEMANN, Georg Philipp
Suíte Dom Quixote
I. Abertura – Largo
II. O despertar de Dom Quixote – Andantino
III. Seu ataque aos Moinhos de Vento – Moderato
IV. Seus suspiros de amor pela Princesa Dulcinéia – Andante
V. Sancho Pança enganado – Allegro moderato
VI. O galope de Rocinante – Allegretto
VII. O galope do Burro de Sancho Pança – Alternativo
VIII. O repouso de Dom Quixote – Vivace
ALBINONI/GIAZOTTO/Soler
Adágio para cordas em Sol menor
MOZART
Divertimento em Fá maior, K. 138
I. Allegro
II. Andante
III. Presto
POPPER, David
Rapsódia Húngara, op. 68
Rafael Melo, violoncelo
Dia 28 de julho, sexta-feira às 20h no Santuário Nossa Senhora de Caravaggio
TELEMANN, Georg Philipp
Suíte Dom Quixote
I. Abertura – Largo
II. O despertar de Dom Quixote – Andantino
III. Seu ataque aos Moinhos de Vento – Moderato
IV. Seus suspiros de amor pela Princesa Dulcinéia – Andante
V. Sancho Pança enganado – Allegro moderato
VI. O galope de Rocinante – Allegretto
VII. O galope do Burro de Sancho Pança – Alternativo
VIII. O repouso de Dom Quixote – Vivace
ALBINONI/GIAZOTTO/Soler
Adágio para cordas em Sol menor
MOZART, W.A.
Divertimento em Fá maior, K. 138
I. Allegro
II. Andante
III. Presto
POPPER, David
Rapsódia Húngara, op. 68
Rafael Melo, violoncelo
GUERRA-PEIXE
Mourão
MARQUINA, Pascual
España Cañí
PIAZZOLLA, Astor
Libertango
GARDEL, Carlos
Por Una Cabeza
Temporada 2023
O projeto “Camerata di Venezia – Temporada de Concertos 2023” iniciou em abril e vai até dezembro, e prevê 20 concertos com entrada gratuita e transmissão ao vivo, divididos em 10 concertos em Nova Veneza e mais 10 em cidades vizinhas da região sul do Estado de Santa Catarina. O objetivo é dar acesso à música erudita e criar o hábito da apreciação ao vivo a fim de suprir a carência desse tipo de atividade na região. Os concertos contam com a direção artística e regência de Luiz Fernando São Thiago.
Orquestra Camerata di Venezia
A Camerata é uma orquestra de cordas sediada na cidade de Nova Veneza, localizada ao sul do Estado de Santa Catarina. Como instituição cultural proporciona a comunidade o contato com a música orquestral mais conhecida como música “clássica” ou música de “concerto”. Os músicos são naturais da região e por mais de 10 anos o desenvolvimento técnico e artístico permitiu a este grupo tornar-se uma orquestra profissional e permanente. Em 2017, os concertos profissionais ganham grande aceitação de público e crítica. Em 2019 vem o primeiro lugar no edital de Incentivo à Cultura Elisabete Anderle do Governo do Estado de Santa Catarina. Em 2020 e 2021 foi contemplado com a Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, para turnês pela região sul do Estado.
Moisés de Souza, idealizador e fundador da orquestra, iniciou seus estudos de violino entre os anos 1998 e 1999. Foi aluno do maestro Antônio Luiz Urnau e posteriormente com a violinista Isabela Köenig. A partir do ano 2002 passou a fazer aulas com o professor Luiz Fernando São Thiago, com quem segue se aprimorando.