A dona da clínica de vacinação presa essa semana, em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por suspeita de aplicar falsas doses de vacina, teve a prisão preventiva convertida para domiciliar. A mulher, de 37 anos, é de Braço do Norte, mas residia no Estado gaúcho.
A decisão é da juíza Ângela Roberta Paps Dumerque, substituta na 2ª Vara Criminal do Fórum da cidade. De acordo com a magistrada, a suspeita enquadra-se na previsão legal que estabelece a prisão domiciliar, já que possui dois filhos na faixa dos dez anos de idade. Sobre a manutenção da prisão, a juíza justifica como necessária para garantir a instrução criminal.
A suspeita também terá o passaporte apreendido. Ela estará proibida de deixar sua residência sem autorização judicial e de comunicar-se com a empresa, funcionários ou clientes da clínica. Está também vedada a utilização de meios de comunicação. A pedido da polícia, a juíza ainda autorizou a quebra do sigilo do conteúdo armazenado nos aparelhos telefônicos apreendidos com a farmacêutica.
Na denúncia, a suspeita aplicava falsas doses de vacina. Ela usava as seringas vazias. A investigação foi iniciada a partir de uma denúncia anônima. Além de vacinas contra meningite, eram oferecidas doses para febre amarela, que a proprietária da clínica – que é farmacêutica – nem sequer tinha em estoque. De acordo com a denúncia, a mesma agulha era usada em diferentes pessoas, entre elas crianças e adolescentes.
Defesa
Após ser presa, a proprietária foi levada à Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre. A defesa da suspeita alegou que a prisão foi feita a partir de uma falsa denúncia e que não há informações de vítimas. A operação foi coordenada pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic). Outros detalhes do caso serão exibidos no programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo.
Com informações do Diário do Sul