Uma multidão de fiéis de todas as paróquias da Diocese de Criciúma participou, na manhã deste domingo (27), da Caminhada Vocacional Diocesana, que tradicionalmente cumpre o trajeto de Rio Maina até o Santuário Diocesano Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza.
O caminho, de poucos mais de seis quilômetros, foi percorrido por mais de 1,5 mil pessoas, incluindo Bispo, padres, religiosas, seminaristas e uma imensidão de leigos e leigas engajados na Pastoral Vocacional e nos diversos serviços, setores de pastoral e movimentos da Igreja.
“Para mim é uma alegria estar aqui mais uma vez caminhando convosco, com nossa Igreja querida e amada de Criciúma. Hoje, neste momento, em Chapecó, também estão fazendo caminhada vocacional e esta caminhada do outro lado do Estado foi também uma inspiração na nossa caminhada que todos os anos fazemos. Eles hoje estão caminhando lá, e nós unidos aqui, e muitas outras dioceses, no futuro, farão o que estamos fazendo há tantos anos, porque nós pedimos e imploramos ao Senhor por muitas e santas vocações sacerdotais, religiosas e leigas e também boas e santas famílias. Isto temos que pedir ao Senhor e Ele não ficará indiferente às nossas orações. Esta caminhada é diferente de outras. É uma caminhada de oração, com uma grande fé e esperança em nossos corações. Nossa Igreja de Criciúma, em todo o Estado de Santa Catarina, é uma diocese muito abençoada e nós queremos que isso continue a se estender pelos tempos afora”, disse o Bispo, Dom Jacinto Inacio Flach, antes de dar a bênção que deu início à caminhada.
O epíscopo convidou todos a se unirem pela oração, pelo apoio, incentivo e amor às vocações e recordou o dia dedicado aos catequistas. A caminhada foi animada pelo padre Antônio Marcos Machado Madeira, que hoje é reitor do Seminário Filosófico de Santa Catarina, em Brusque, e pela religiosa Irmã Tereza, da comunidade Servos Adoradores da Misericórdia. Os cantos, durante o trajeto, foram conduzidos pelo Grupo Mensageiros de Cristo, da Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens, de Araranguá.
A manifestação de fé, que já conta com uma tradição de mais de 30 anos, neste ano teve por tema “Caminhando com Maria”, alusivo ao Ano Nacional Mariano, que celebra os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Por causa disso, a oração do povo de Deus pedindo mais operários para a messe foi realizada através do terço mariano. A imagem de Nossa Senhora Aparecida acompanhou o povo durante toda a caminhada. Além de rezar por todas as vocações da Igreja particular, a Diocese de Criciúma também dedicou a última dezena do terço pelas vocações em todas as nove dioceses do Regional Sul 4 da CNBB.
Apesar do calor, o grande grupo demonstrou muita animação durante a celebração que culminou com a missa, no Santuário, na intenção de famílias, congregações religiosas, seminários e catequistas, além de todos os caminhantes. Em sua homilia, o Bispo enfatizou o momento de unidade da Igreja diocesana e o jubileu do Santuário, que será comemorado em 1º de outubro.
“O santuário tem todo um aspecto materno e esta maternidade se estende a todos e todas. Nunca ninguém é excluído da presença carinhosa e do colo da Mãe Maria, por isso todos nos sentimos bem aqui na casa que celebra 50 anos. Durante a caminhada, se percebia que as pessoas estavam suadas, mas que dentro estava um mar de alegria, caminhando. Como disse, essa não é uma caminhada de exercícios físicos, mas espiritual, onde a alma se areja. Estávamos todos como que cheios do Espírito Santo, como Maria. É um cansaço gostoso, porque dentro da alma está a alegria”, disse o Bispo.
Sobre o Evangelho do dia, Dom Jacinto retornou a pergunta que Jesus fez a Pedro, sobre quem Ele era, à assembleia. “Ele é o filho de Deus e nós cremos que Ele é o nosso Senhor e Salvador. Esta resposta vamos dando durante a vida, não é só uma vez. E sobretudo nas horas de mais dificuldade, quando sentimos a cruz pesar em nós, Jesus continua nos perguntando: ‘Quem eu sou para ti? Que tu dizes de mim?’ E se a gente tiver fé, olhar para a cruz de Cristo, a gente não vai se atrapalhar, mas vai responder sempre certo. Senhor, tu és o meu Deus e Salvador, eu confio em ti e continuo carregando a cruz, junto de ti. Nada será tão pesado que não possa chegar até o fim. Essa resposta é feita pelas pessoas de fé, que são sábias para viver no mundo de hoje e são capazes de fazer o que fazemos hoje. São capazes de fazer com que nossa Diocese seja, no Estado de Santa Catarina, a diocese onde, maravilhosamente, florescem vocações”, pontuou.
Compromisso com as vocações
Dom Jacinto falou do compromisso assumido, entre as dioceses do Estado, de trabalhar ainda mais pelo serviço de animação vocacional, começando pela oração. “Animar o povo através equipes que temos em quase todas as paróquias. Precisamos de todas as pessoas, aquelas que têm fé, seja na oração, seja no auxílio material, seja no apoio, todas! Chegou o momento, irmãos e irmãs, de muita oração e não só de uma Ave-Maria, mas um terço inteiro Temos que dobrar os joelhos e fazer sacrifícios e se alegrar, e vibrar. Nada de desânimo ou tristeza. Será que não temos motivos de alegria? Vocês são motivo de louvor e alegria para o céu. Continuem rezando muito! Equipes de trabalho vocacional, vocês têm um trabalho de frente nas comunidades, apoiando, incentivando e rezando sempre pelas vocações sacerdotais, religiosas, familiares e nossos leigos que têm que nos ajudar tanto em nossas comunidades. Hoje vamos sair daqui com esse espírito. Se tem uma coisa que Deus e Nossa Senhora mais esperam é que cuidemos da Igreja. Se não tiver mais seguidores, a Igreja de Cristo vai morrendo, não porque Deus quer, mas porque nós não fizemos a nossa parte”, advertiu Dom Jacinto.
O Bispo recordou o belo testemunho de religiosos e religiosas, ao viverem os conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência e a generosidade do povo da Diocese de Criciúma na oração e no auxílio material na manutenção dos seminários e estudos dos seminaristas, que hoje somam 47 diocesanos. Ao final da missa, Dom Jacinto apresentou os 13 seminaristas que receberam na noite de sábado as ordens menores de Leitorato e Acolitato e, após a bênção, motivou uma salva de palmas por todos os seminaristas e religiosas, que foram convidados a subir até o presbitério.
Colaboração: Bibiana Pignatel / Comunicação Diocese de Criciúma
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