Albertina Berkenbrock foi beatificada em 2007 durante cerimônia em Tubarão que reuniu milhares de fiéis
A beata Albertina Berkenbrock, natural de Imaruí, pode se tornar a primeira santa catarinense em 2023. Atualmente, o seu processo de canonização, junto ao Vaticano, aguarda a comprovação de um milagre atribuído a ela para dar prosseguimento.
Primeira mártir brasileira, Albertina foi beatificada ainda em 2007. A cerimônia aconteceu em Tubarão e reuniu cerca de 20 mil pessoas na praça da Catedral, além de dezenas de bispos e sacerdotes.
Segundo o padre Sérgio Jeremias de Souza, que acompanha o processo de canonização de Albertina, para ser beatificada, ela não necessitou de um primeiro milagre, porque foi considerada mártir.
O termo para a igreja se refere a alguém que derrama o próprio sangue em nome de um valor do Evangelho, no caso da beata a castidade. Filha de agricultores, Albertina foi assassinada, em 1931, aos 12 anos, após reagir a uma tentativa de estupro em Imaruí, no Sul do Estado.
“Albertina é muito estimada e colocada como modelo para os jovens em muitos lugares do mundo, que ela possa o quanto antes ser canonizada para que seja sempre mais conhecida como alguém que amou Jesus antes de todas as coisas”, ressaltou o padre.
Conforme ele, o processo de canonização da beata aguarda apenas a comprovação de um milagre. “Estamos acompanhando alguns casos. A dificuldade sempre está em que as pessoas, às vezes, não enviam relatórios médicos, comprovação com exames”, revelou.
Sobre os casos analisados, o padre não deu detalhes. “Cada vez que um caso está sendo acompanhado permanece sob sigilo. Então, não podemos adiantar nada antes que a igreja se pronuncie oficialmente”, comentou.
Santa Paulina
Em 2002, a Santa Paulina se tornou a primeira santa brasileira. Ela morou em Santa Catarina, mas nasceu na Itália. Sendo assim, Albertina Berkenbrock seria a primeira santa nascida no Estado.
Por Richard Vieira/ND+