A classe é contra a reestruturação anunciada pelo banco que fechará cerca de 300 agências no país.
Os bancários da região de Tubarão participaram ontem, 9, de uma Assembleia Geral Extraordinária de forma virtual, para definir uma paralisação por tempo determinado, que iniciaria a partir de hoje, 10.
O aviso de greve havia sido publicado desde o dia 5 de fevereiro pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região contra a reestruturação do Banco do Brasil, que prevê fechamento de cerca de 300 agências no país, demissão de cerca de 5 mil bancários.
Mesmo contrários à proposta, os funcionários decidiram não paralisar. “Comunicamos que os empregados do Banco do Brasil S/A, lotados nas agências e unidades localizadas nos municípios de Tubarão, Armazém, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Grão-Pará, Gravatal, Jaguaruna, Lauro Müller, Orleans, Pedras Grandes, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, São Ludgero, São Martinho, Sangão e Treze de Maio, por maioria, deliberaram pela NÃO PARALISAÇÃO no dia 10 de fevereiro de 2021 (quarta-feira) em Assembleia Geral Extraordinária realizada de forma remota/virtual no dia 09 de fevereiro de 2021, durante o período das 08h até às 18h”, afirma o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região.
O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Seeb) de Laguna e região também promoveu uma assembleia ontem, 9, e os funcionários optaram por não aderir à greve. Com a decisão, o expediente segue normal nesta quarta-feira, 10, nas agências da região.
O Seeb entende que a medida contribui para piora atendimento ao público efetuado pelo Banco do Brasil. Caso fosse aprovada, a greve duraria somente 24 horas.
A greve geral do BB foi convocada pelas entidades sindicais a nível nacional como uma demonstração de insatisfação com o programa de reestruturação anunciado pelo banco no começo deste ano. A instituição vai encerrar 361 unidades, 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios, além de transferir compulsoriamente funcionários e promover a desgratificação dos caixas executivos efetivos.
Encolhimento do Banco do Brasil
A reestruturação pretende demitir 5 mil bancários por PDV, fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento –, e descomissionar centenas de funções.
Segundo o BB, o processo de reestruturação é um conjunto de ações que visam adequar a rede de agências ao aumento do comportamento digital de seus clientes e à necessidade de ampliar o atendimento especializado, especialmente o voltado ao agronegócio. As ações também têm objetivo de aumentar a eficiência nas atividades da empresa, garantindo a sustentabilidade dos negócios.
Ainda de acordo com o banco, com a medida, será ampliada a rede de correspondentes bancários e a adesão aos programas de desligamento incentivado oferecidos pelo BB é de caráter totalmente voluntário.
Foto: Luis Claudio Abreu/Agora Laguna
Com informações do site HC notícias