Há menos de um mês, telhado do imóvel desabou parcialmente. Prefeitura busca reforma com a proprietária, já que local é alugado, mas também analisa a possibilidade de locar outro espaço.
Não é de hoje que a sede do Conselho Tutelar em Balneário Rincão vem se deteriorando. O apelo pela melhoria do espaço, localizado entre as ruas Maracajá e Paraná, na área central do município, não é somente dos cinco conselheiros que trabalham em prol da população, mas, principalmente, dos moradores que são atendidos no local. Há menos de um mês, o telhado da estrutura desabou parcialmente, colocando as pessoas em risco. Prefeitura busca reforma diretamente com o proprietário ou um novo imóvel para locação.
“Faz tempo que a sede vem apresentando problemas. A gente avisou a administração. Agora uma parte caiu, está danificada pelo cupim, tem furos no telhado, não temos uma estrutura adequada para trabalhar. O Ministério Público já requisitou uma sede com qualidade para os conselheiros trabalharem e não temos”, comenta uma das profissionais do Conselho Tutelar, que preferiu não ser identificada.
A sede, conforme os profissionais, está localizada nesse imóvel desde 2019. De lá para cá, são inúmeras irregularidades que só aumentam com o passar do tempo. “As janelas não fecham, tem buracos na porta, o banheiro é todo quebrado. Não temos rampas para quando precisamos atender alguma pessoa com deficiência física, não temos acesso. As pessoas estão vindo e ficando horrorizadas com a estrutura”, acrescenta a conselheira.
Por ser alugado pela prefeitura, o imóvel não pode ser reformado e depende da proprietária para que as melhorias sejam realizadas. “Quando alugaram, já sabiam que o telhado estava danificado. Eles relatam para nós que está bom, quando a gente requisita uma coisa melhor, eles falam ‘para o conselho está bom’. É um verdadeiro descaso. As outras conselheiras que estavam antes arrumaram casas melhores e novas, e eles não quiseram porque aqui o aluguel é R$ 850 e lá era R$ 1.100. Não quiseram pagar porque era muito caro”, comenta a conselheira.
Com o imóvel em situação de abandono e sem possibilidade de receber a população, os conselheiros estão limitados a atender apenas casos de emergência. “São recorrentes, só pioram (os problemas). Por nós não termos uma sede adequada para trabalharmos, só estamos atendendo em plantões e casos emergenciais. O nosso atendimento ao público está parado porque estamos até sem computador e internet para trabalhar, não temos como fazer o atendimento e o registro dos casos. É como se não existisse o Conselho Tutelar em Balneário Rincão”, afirma a profissional.
A estrutura comprometida fez com que a sede fosse temporariamente deslocada para um antigo depósito até que a situação seja regularizada, porém, o anúncio não agradou os profissionais. “Se um conselheiro entrar o outro tem que sair. Nessa sala não temos condições de trabalhar”, finaliza.
Prefeitura busca resolver situação
De acordo com o secretário de Administração e Finanças de Balneário Rincão, Ramires Lino, há duas alternativas que estão sendo estudadas pela prefeitura: uma é a reforma do local, que já foi solicitada à proprietária, e a segunda é a locação de outro imóvel. “A proprietária ficou de dar início à reforma, passaram-se alguns dias e ela não fez. Nós a notificamos novamente para que isso fosse realizado, senão nós desocuparíamos o imóvel. Mas, em contrapartida, a gente já começou a procurar uma outra casa para o Conselho. Quando eles (os conselheiros) me avisaram sobre a situação, estava terminando a temporada, ou seja, houve uma procura no Rincão. Nós estamos com uma dificuldade de encontrar um local”, explica Lino.
A exigência dos conselheiros é que seja um local com repartições e salas isoladas a fim de preservar melhor os atendimentos na sede. “A gente procura uma casa com, no mínimo, três cômodos, além de sala, cozinha e banheiro, só que a dificuldade nossa é encontrar esse imóvel. Hoje há uma escassez de casas para alugar no Rincão”, acrescenta o secretário. “O imóvel onde os conselheiros estão hoje ele é amplo, tem um tamanho bom, porém, apresenta algumas irregularidades. Só que a prefeitura não pode realizar a obra em uma casa particular, além disso, estamos com essa dificuldade porque a proprietária não está fazendo”, explica.
Segundo o secretário, a situação do Conselho Tutelar deve resolvida em até 40 dias, seja por uma alternativa ou pela outra. “A gente vem buscando outro imóvel, sabemos dos problemas que os conselheiros têm, estamos cientes e estamos tomando as providências devidas para resolver essa questão”, finaliza.
Com informações do site TNSul