Os tutores devem estar atentos à incidência de doenças mais comuns no inverno
Nesta época do ano, marcada por quedas bruscas de temperatura e baixa umidade do ar, é preciso que os responsáveis redobrem os cuidados com a saúde dos pets. O clima pode levar ao aumento da incidência de doenças respiratórias, como a gripe, além de doenças articulares e infecções urinárias.
Os tutores devem ficar atentos aos sinais de mudança no comportamento dos animais e adotar medidas preventivas. Isso é válido para animais de todas as idades, mas em especial para pets idosos. Com o avanço da medicina veterinária e o estreitamento da relação entre humanos e pets, os animais têm vivido mais tempo, o que leva ao aumento de doenças degenerativas. O envelhecimento é um processo que acompanha uma série de eventos, como perda de massa muscular, disfunções cognitivas, alterações osteoarticulares e algumas delas podem manifestar piora com os dias mais frios do ano. Além dos animais idosos, outros grupos que merecem cuidados redobrados são os pets de pelos mais curtos ou animais que já têm diagnóstico de doença articular.
Problemas respiratórios – “Os quadros respiratórios podem ser causados por vírus ou bactérias. “A traqueobronquite infecciosa canina, conhecida como ‘tosse dos canis’ é mais comum durante esse período do ano e os sintomas podem ser tosse seca e contínua, secreção nasal de muco, secreção ocular, dificuldade respiratória e intolerância ao exercício”, explica Tatiana L. R. Pavan, médica-veterinária.
Os agentes mais comuns relacionados à tosse dos canis são a bactéria Bordetella bronchiseptica e o vírus da Parainfluenza canina, embora outros possam estar envolvidos.
Para a prevenção, recomenda-se seguir o protocolo de vacinação, promover desinfecção do ambiente em que vive o animal, garantir ventilação adequada no local, separar animais doentes ou em tratamento para doenças infectocontagiosas, evitar a superpopulação de animais num mesmo espaço e fazer a limpeza diária de comedouros e bebedouros, evitando o compartilhamento das vasilhas.
Doenças osteoarticulares – Embora mais comuns em animais idosos, as doenças articulares também ocorrem em pets jovens e os quadros podem se acentuar no período em que as temperaturas caem. Com o frio, a musculatura se torna mais rígida e a circulação sanguínea e a oxigenação ficam comprometidas, o que pode agravar as doenças osteoarticulares. Além disso, em dias mais frios, os animais tendem a se movimentar e se exercitar menos.
“Por isso é importante que o tutor fique atento a sinais como dificuldade de locomoção, sensibilidade à manipulação ou até escovação, dificuldade em encontrar posição para deitar-se e dormir, e mancar. Lembre-se que a dor pode levar a manifestações que vão além dos sintomas articulares, como alterações no apetite, mudanças no humor, na interação com a família e apatia. Sempre procure seu médico-veterinário de confiança ao notar alterações no comportamento do pet”, aponta Tatiana.
A profissional também alerta sobre a importância de manter uma frequência diária de atividades físicas leves a moderadas, respeitando as orientações do médico-veterinário. É recomendável evitar subidas e terrenos irregulares, monitorar o local de trânsito do animal para evitar quedas, checar se o piso está escorregadio e se certificar de que o pet esteja bem acomodado e protegido ao repousar. Com o frio, é comum que animais que ficam nas áreas externas da residência procurem se esconder em locais muitas vezes perigosos, aumentando o risco de acidentes, por isso, garanta abrigo e conforto ao seu pet. Outra dica é manter a casinha com a abertura voltada para o sentido contrário do vento.
Com informações do ND+