Algumas crianças do Centro de Educação Infantil – CEI Pedra Santos Souza, em Capivari de Baixo, foram diagnosticadas com a doença mão-pé-boca, o que provocou a suspensão de aulas na unidade.
Na semana passada, os pequenos foram liberados para que o estabelecimento pudesse ser higienizado. A medida de desinfecção do ambiente, orientada pela Vigilância em Saúde, é adotada sempre que uma criança é diagnosticada com uma doença como esta ou impetigo, como ocorreu em alguns centros no ano passado.
A unidade passa por uma faxina geral: pisos e paredes são lavados, brinquedos e louças são desinfetados. São usados produtos como água sanitária, álcool, água, sabão e escova. Alguns brinquedos, por exemplo, são deixados de molho na água sanitária com sabão, escovados, secos e, no final, desinfetados com álcool 70.
Conforme a secretária de educação Iara Faraco Zin, as atividades já foram reiniciadas. “Temos apenas um professor daquela unidade ainda afastado. As crianças foram avaliadas por um médico e tudo está controlado. Faremos algumas visitas em outros Ceis para averiguar se mais alguma unidade precisa passar por este mesmo procedimento de suspensão”, explica a secretaria.
A síndrome mão-pé-boca é transmitida pelo enterovírus 71, também denominado de vírus cosxackie, da família das enteroviroses. A síndrome leva esse nome, pois a sua característica é a presença de feridas avermelhadas na planta dos pés, mãos e interior da garganta.
Causas
O enterovírus 71 espalha-se facilmente por meio de tosse, espirros e saliva, mas também pode ser transmitido pelo contato com fezes infectadas.
Fatores de risco
A síndrome mão-pé-boca afeta principalmente crianças, mas também pode atingir adultos que entram em contato com a mucosa ou fraldas de uma criança infectada. A sua incidência pode aumentar até 20% no outono e no inverno, por conta da imunidade ficar mais baixa no período.
Sintomas
Os primeiros sintomas da síndrome mão-pé-boca são febre de 38 a 39 graus e dores de garganta. Após dois dias, aparecem lesões (feridas avermelhadas) na região dos pés, mãos e interior da garganta, que podem ou não se espalhar para as coxas e nádegas. Em alguns casos a criança não apresenta sintomas aparentes. Se o quadro for mais grave, as lesões podem se transformar em pústulas ou bolhas, que estouram depois de seis dias. Por conta das lesões no fundo da garganta, o paciente também sente dificuldade de engolir líquidos ou alimentos.
Tratamento
A síndrome mão-pé-boca é tratada com medicamentos anti-inflamatórios ou, se o quadro for grave, medicamentos antivirais. É importante oferecer ao paciente muito líquido, de preferência em temperatura baixa, e evitar a ingestão de alimentos muito quentes, ácidos ou condimentados – que podem acentuar as dores na garganta. Em geral, a síndrome mão-pé-boca desaparece sozinha dentro de cinco e sete dias. Após a melhora dos sintomas, o paciente adquire imunidade ao enterovírus 71, não sendo contaminado novamente.
Com informações do Portal Notisul