Estima-se que o governo federal tenha transferido R$ 5,1 milhões mensais para esses cadastros, se considerada a média de R$ 180 para cada beneficiado.
Uma auditoria feita pela Controladoria-Geral da União entre os anos de 2016 e 2017 mostra que 28.355 famílias de Santa Catarina podem ter recebido dinheiro do programa Bolsa Família de forma indevida. Estima-se que o governo federal tenha transferido R$ 5,1 milhões mensais para esses cadastros, se considerada a média de R$ 180 para cada beneficiado.
O estado tinha 128.020 famílias cadastradas no programa social, segundo os dados. Desse total, há indícios de fraudes em 5.321 cadastros, sendo que todos foram cancelados, informou o órgão federal.
Outros 2.141 também tiveram o recebimento cancelado após o levantamento da CGU, mas não há suspeita de má-fé, podendo ser casos, por exemplo, de desconhecimento em relação às regras do programa social, disse a CGU.
Somados, os cancelamentos chegam a 7.462, sendo que todos os beneficiados estavam com renda acima de meio salário mínimo por pessoa, o que faz com que não tenham direito ao recebimento do dinheiro.
O levantamento diz também que 20.893 famílias com renda entre R$ 170 e meio salário mínimo por pessoa tiveram o Bolsa Família bloqueado em Santa Catarina por falta de atualização no cadastro. Esse bloqueio, porém, pode ser revertido, caso fique comprovado que os beneficiados estão dentro dos parâmetros estabelecidos pelo governo federal para o recebimento.
O estudo da CGU levantou ainda que 8.399 famílias que vivem no estado com renda de até R$ 170 têm que ser convocadas para atualizar as diferenças cadastrais. Mas, continuam a receber o Bolsa Família normalmente.
Em todo o país, quase 350 mil cadastros do Bolsa Família foram fraudados, apontou a auditoria.
Com informações do G1SC