A principal preocupação dos vereadores e das comunidades de Urussanga é quanto à dificuldade que os moradores terão para atravessar a SC-108, uma vez que o projeto prevê um muro e nenhum trevo de acesso
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A comunidade de Santa Luzia, em Urussanga, recebeu a audiência pública para discutir a duplicação da SC-108. A audiência foi organizada pela Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), e proposta pelo deputado estadual José Milton Scheffer (PP), atendendo a um pedido dos vereadores de Urussanga.
Como resultado da audiência, a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade se comprometeu a trazer soluções às demandas dos moradores em um prazo de 60 dias. “A secretaria tem proposta para algumas situações, mas precisamos construir soluções para atender a todos. A reivindicação dos moradores é justa. A Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia vai cobrar do Governo para que tenhamos um encaminhamento”, assegurou o deputado José Milton Scheffer.
Preocupações dos vereadores
A principal preocupação dos vereadores e das comunidades de Urussanga é quanto à dificuldade que os moradores terão para atravessar a SC-108, uma vez que o projeto prevê um muro e nenhum trevo de acesso. A comunidade quer dois trevos: um na Santa Luzia e outro na “Curva do S”.
“Quem mora em bairros como Santa Luzia e Bel Recanto terá que ir até a parte central de Urussanga ou Cocal do Sul para fazer um retorno. Além do transtorno aos moradores, isso é especialmente preocupante se pensarmos nos veículos de emergência, como uma ambulância dos bombeiros ou Samu que precise acessar as comunidades”, expôs o vereador Zé Bis.
O empresário Elói Berteli, se disse esperançoso de que haverá uma solução satisfatória. “Espero que o nosso pedido seja atendido, que tenhamos os acessos aos nossos moradores e empresários. A gente quer ter o nosso direito de ir e vir quando precisarmos”, afirmou.
Possibilidades de retornos e desafios de engenharia
Na audiência, foram apresentadas possibilidades de alteração. O engenheiro Eduardo Cavalli, da Secretaria de Estado da Infraestrutura, ponderou que a instalação de trevos em excesso tende a trazer riscos à segurança e que todos esses fatores precisam ser levados em consideração. No entanto, sinalizou para algumas possibilidades.
Ele expôs que a Secretaria já está analisando a instalação de dois retornos, cada um a cerca de 200 metros da entrada da comunidade de Santa Luzia. No local exato do acesso atual à comunidade, segundo ele, não existe a possibilidade por ser em curva, o que aumentaria o risco de acidentes.
Já a situação da Curva do S, conforme o engenheiro, precisa de mais estudos. “É um desafio de engenharia. Estamos falando de um acesso em curva e em descida de morro. A velocidade naquele local é perigosa, ainda mais quando for duplicada. De imediato não conseguimos encontrar uma solução que confirme o trevo, mas estamos procurando alternativas para atender a comunidade”, garantiu.
Na audiência, moradores também levantaram preocupações quanto a desapropriações, acesso a casas e travessia de pedestres.