Em uma pequena propriedade rural na Itália, milhares de quilômetros de distância de Laguna, em uma noite de agosto de 1849, a heroína dos dois Mundos, Anita Garibaldi, respirou pela última vez nos braços do marido, o guerrilheiro europeu Giuseppe Garibaldi.
Hoje, às 10h30min, aos pés da estátua de bronze da heroína, os lagunenses prestam homenagens a Anita. Passados 167 anos de sua morte, a cidade revive sua história todos os dias, na terra onde nasceu, na região de Morrinhos. A realização do ato é da Fundação Lagunense de Cultura.
No Centro Histórico, a imagem de Anita está ‘viva’, no artesanato local, no museu e na casa onde se vestiu de noiva. Uma estátua de bronze com a guerreira vestida para a batalha, armada com um fuzil é uma das atrações para os turistas.
Ana Maria de Jesus Ribeiro, a Anita, nasceu em 30 de agosto de 1821, em Laguna. Filha de Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia de Jesus Antunes. De origem simples, casou-se pela primeira vez em 1835, aos 14 anos, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. Com o surgimento, no Rio Grande do Sul, do Movimento dos Farrapos contra a monarquia, Manoel aliou-se às forças imperiais e seguiu com o exército, abandonando a esposa.
A Proclamação da República rio-grandense ocorreu em 1836, quando surgiu a necessidade de um porto, o que motivou a tomada da Vila de Laguna, à época. No dia 22 de julho de 1839, as forças farroupilhas, com a ajuda de Giuseppe Garibaldi (1807-1882), político e militar revolucionário italiano, tomaram a Vila e proclamaram a República Juliana.
Aos 18 anos, Ana Maria conheceu o italiano, apaixonaram-se. Garibaldi começa a chamar Aninha de Anita, diminutivo de Ana em italiano. Nascia, naquele momento, a heroína ítalo-brasileira, que ao lado do segundo marido começou a guerrear.
Com informações do Jornal Notisul