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No dia 1º de janeiro de 1801, entrou em vigor o chamado Ato de União de 1800, marcando a criação do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda. O que parecia ser uma solução política para unir duas nações com interesses divergentes tornou-se um marco de tensões e promessas não cumpridas, cujo impacto ressoaria ao longo dos anos seguintes.
A ideia da união entre as duas nações surgiu em resposta às tensões crescentes na Irlanda, especialmente após a Rebelião Irlandesa de 1798, que expôs o descontentamento com o domínio britânico e a influência de ideias revolucionárias francesas. Para o governo britânico, integrar a Irlanda ao território do Reino Unido era uma forma de consolidar o controle político e impedir possíveis alianças com potências inimigas, como a França, liderada por Napoleão Bonaparte.
O Ato de União dissolveu o Parlamento irlandês e transferiu o poder legislativo para Westminster, em Londres. A Irlanda, agora parte integrante do Reino Unido, recebeu 100 representantes na Câmara dos Comuns, mas muitos sentiam que suas vozes eram abafadas no cenário político britânico.
A fusão entre os dois países resultou na criação da bandeira Union Jack (também chamada de Union Flag), uma combinação das bandeiras da Inglaterra, Escócia e a Cruz de São Patrício, que representava a Irlanda.
O Ato de União de 1800 foi um evento marcante na história da política europeia, mas ao ser lembrado, é frequentemente visto como um símbolo de imposição e divisão. Ele lançou as bases para as complexas relações entre a Irlanda e o Reino Unido, que continuam a influenciar a geopolítica da região até os dias atuais.
Fonte consultada:
WIKIPÉDIA. Ato de União de 1800. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_de_União_de_1800 Acesso em 27 mar. 2025