Parte das mulheres podem não estar recorrendo ao Creas, delegacia e hospital, o que preocupa os profissionais da Assistência Social
De janeiro a abril deste ano, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), de Criciúma, registrou 35 casos de violência contra a mulher. Os profissionais da Secretaria Municipal da Assistência Social e Habitação acreditam que parte das agressões, tanto físicas, quanto psicológicas, acaba não chegando até o Creas, à delegacia e ao hospital. Isso preocupa a equipe e faz com que discutam ações sobre o tema constantemente. Nesta quarta-feira (29), a Proteção Social Especial promoveu um novo debate e a pauta foi o atendimento às vítimas.
O encontro contou com a participação da equipe técnica do Creas. A finalidade é que, com a discussão ampliada, se debata sobre a criação de um fluxograma para que todos saibam como agir e realizar os encaminhamentos. Posteriormente, o debate deve ser aberto para toda a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência para que também deem a sua contribuição a respeito do fluxograma. “Durante a pandemia e o isolamento social, as mulheres estão ainda mais suscetíveis à violência doméstica. Por isso, é de extrema importância a discussão de ações que possam ser feitas em favor dessa população”, comentou a coordenadora da média e alta complexidade, Márcia Regina da Silva.
Segundo a secretária municipal da Assistência Social e Habitação de Criciúma, Patrícia Vedana Marques, os profissionais vêm buscando alternativas de qualificar os atendimentos às mulheres vítimas de violência. “Precisamos seguir as diretrizes e aquilo que é trazido nas normativas. Além disso, também é nosso papel buscar formas de atendimento e abrigo para garantir a segurança e o bem-estar das vítimas”, disse.