Segurança

Assassinato é reconstituído em Jaguaruna

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

Foto: Lucas Colombo/Clicatribuna

A Polícia Civil de Jaguaruna realizou na manhã desta quarta-feira a reconstituição de um crime ocorrido no último sábado no município. Durante os últimos dias as investigações ao redor dos assassinos do agricultor Denilce do Nascimento, 33 anos, avançaram e dois suspeitos foram presos.

“O homicídio foi na noite de sexta-feira. A vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo, calibre 9mm, o tiro atingiu atrás da orelha. Segundo a reconstituição que estamos fazendo e os relatórios a vítima morreu subitamente. Um dos suspeitos já confessou e está auxiliando nas investigações, a motivação ainda não está esclarecida porque o outro suspeito está fazendo uso do seu direito de permanecer em silêncio. O suspeito que está colaborando diz que quem o procurou para auxiliar no homicídio foi este outro que está calado”, explica o delegado João Adolpho Fleury Castilho.

Segundo o site Clicatribuna, a polícia ainda continua as investigações, já que um dos suspeitos ainda não confessou o crime, porém há uma suspeita da motivação do crime. “A principio foi uma questão de disputa de terra, uma questão financeira que teria motivado. O crime está praticamente desvendado, faltam apenas alguns pontos para concluirmos tudo. O inquérito está quase concluso, cumprimos hoje pela manhã os mandados de prisão temporária dos dois”, afirma Fleury.

Apenas uma parte do crime foi reconstituída, já que não havia a colaboração dos dois suspeitos. Durante a manhã apenas o local onde o homem foi abordado e morto foi visitado. A vítima foi encontrada dentro da caçamba de sua caminhonete, na orla do Balneário Dunas do Sul. “A vítima foi morta na estrada, em um local ermo, e foi inserida na caçamba do veículo, e foi levado para Dunas do Sul, onde o carro foi encontrado com a vítima dentro. Ainda foram roubados celulares e outros pertences da vítima”, ressalta o delegado.

Família acredita em outros criminosos

A reconstituição foi acompanhada de perto pela família da vítima. A esposa, muito abalada, esteve amparada por outros familiares, que ainda acham que outros envolvidos não foram presos. “Na verdade quem teve desavença com ele foi o primo de um desses presos. Foi porque ele estava vendendo melancia na roça do meu genro e ele falou que não podia. Tenho certeza que esse ai foi mandado pelo primo dele, que até foi na delegacia, mas soltaram”, conta o sogro da vítima, João Alício Bittencourt.

Segundo João a família ainda está muito abalada. “Eu não dormi desde sábado. Se fosse uma pessoa ruim a gente ainda entendia, mas era cara bom. Deixou três filhos e uma mulher”, lamenta.

Frieza para cometer o crime

Segundo o delegado o que espanta é a frieza com que o crime foi cometido. Sendo que um dos suspeitos nem sabia da desavença. “Nas palavras dele, ele foi solicitado pelo outro para “tirar uma pessoas de circulação”, sendo que a motivação não foi apontada pelo mandante. Ele alega que o outro que fez o disparo, ele conta tudo com muita determinação, várias vezes e parece ser verídico, pelas investigações a versão é apropriada. O que chama a atenção é a frieza com que foi cometido o crime, com a vítima tendo sido inserida em uma caçamba e levado até o local, e como registrado no depoimento do suspeito que está colaborando, ele não recebeu dinheiro, nem nenhuma promessa de algum valor que seria recebido após o crime, e sim que, nas palavras dele, nem sabe porque ajudou a cometer o crime, se tratando de homicídio isso mostra uma frieza enorme”, admite o delegado.