Enfim, na tarde deste domingo, 18, será definido o campeão da Copa do Mundo do Catar. A partir do meio-dia, será disputada a final da maior competição entre seleções de futebol do mundo. Campeã em 1998 e 2018, a França tenta ganhar o segundo Mundial seguido. Do outro lado está a Argentina, que busca encerrar um jejum de 36 anos sem levantar o troféu mais cobiçado da modalidade, já conquistado em 1978 e 1986. Além disso, quer coroar a última partida de Copa do Mundo do craque Lionel Messi com o título que falta a um dos maiores jogadores de todos os tempos.
Apontada como uma das favoritas antes do início do Mundial, a trajetória da Argentina começou com uma surpreendente derrota para a Arábia Saudita na estreia. Da chance de eliminação precoce na segunda rodada, os argentinos ressurgiram sob o comando da sua maior estrela, Lionel Messi, em uma arrancada e união dignos de um roteiro de campeão.
As vitórias sobre México e Polônia na fase de grupos garantiram a classificação com a melhor campanha do Grupo C. Nas oitavas de final, a Argentina não deu chance para uma nova zebra e eliminou a Austrália.
O confronto mais emocionante ficou para as quartas de final. Após abrir dois gols de vantagem sobre a Holanda, os argentinos sofreram o empate no último lance do jogo, sobreviveram à prorrogação e garantiram a classificação em uma disputa emocionante de pênaltis.
Diante do rival que eliminou o Brasil nas quartas de final, a Argentina atropelou a Croácia na semifinal e garantiu o direito de disputar a sua sexta final de Copa do Mundo, a segunda de Lionel Messi.
A França teve uma trajetória sem tantos sustos no caminho, mas, antes da Copa, havia dúvidas se conseguiria retornar à final após uma série de lesões a jogadores importantes da equipe. O corte mais traumático foi o de Benzema, eleito melhor jogador do mundo neste ano, na antevéspera da estreia.
Porém, os Bleus mostraram a profundidade de seu elenco com uma campanha dominante. Estrearam com goleada contra a Austrália e venceram a Dinamarca em seguida para garantir a classificação às oitavas. O técnico Didier Deschamps se deu ao luxo de escalar os reservas no último jogo do grupo, o que resultou numa surpreendente derrota por 1 a 0 para a Tunísia.
Nas oitavas de final, a França voltou a mostrar sua força com uma vitória por 3 a 1 sobre a Polônia e show de Kylian Mbappé, grande concorrente de Messi ao prêmio de melhor da Copa. Nas quartas, um clássico difícil contra a Inglaterra, vencido por 2 a 1 e decidido num pênalti desperdiçado por Harry Kane. Os franceses carimbaram a vaga na final com um 2 a 0 contra Marrocos.
Escalações
O treinador da Argentina, Lionel Scaloni, não teve medo de mudar ao longo da Copa do Mundo. Variando jogadores, opções e formações táticas, Scaloni construiu o time ideal jogo a jogo. A tendência para a decisão é de um time com três zagueiros, atuando em um 3-5-2.
Deverão ser duas mudanças em relação ao jogo contra a Croácia, na semifinal. Uma delas é a volta de Acuña ao time titular na ala esquerda. Ele estava suspenso na semifinal e deu lugar a Nicolas Tagliafico.
A outra é a saída do volante Leandro Paredes para a entrada do zagueiro Lisandro Martínez, o que faz o desenho tático mudar do 4-4-2 para 3-5-2. Caso opte por voltar a jogar com linha de quatro na defesa, Paredes fica no time e Lisandro Martinez começa no banco de reservas.
Nos dias entre a semifinal e a final, um surto de gripe no elenco da França causou preocupação que alguns dos principais jogadores não estivessem à disposição. Varane, Konaté, Tchouaméni, Coman e Theo Hernández não treinaram na sexta-feira e deixaram o alerta ligado.