A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina encerra nesta sexta-feira, 13, as Campanhas de Multivacinação e Vacinação contra a Poliomielite. As Campanhas Nacionais foram finalizadas no dia 30 do mês passado, porém, devido à baixa cobertura vacinal, o Governo do Estado optou por prorrogar em mais duas semanas o período de vacinação.
Mesmo com um prazo maior, o Estado ainda não conseguiu alcançar a meta de vacinação na Campanha contra a Poliomielite. Das 342.825 crianças que deveriam ser vacinadas, 250.875 tomaram as gotinhas entre os dias 5 de outubro e 10 de novembro, o que corresponde a um total de 73,18% do público-alvo. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar, ao menos, 95% da população, ou seja, 325.684 crianças.
A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite é destinada para crianças com idade entre 1 e menos de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias). Já a Campanha de Multivacinação para atualização da caderneta de vacinação é destinada para crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias).
A gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Lia Quaresma Coimbra, ressalta que, mesmo com o fim das Campanhas, todas as vacinas disponibilizadas neste período vão continuar sendo ofertadas, gratuitamente, nas unidades de saúde de todo o estado.
“As Campanhas servem como um alerta para o pais sobre a importância da vacinação, mas não quer dizer que com o fim da Campanha as vacinas param de ser oferecidas. Portanto, a gente reforça o pedido para que crianças e adolescentes tenham a caderneta de vacinação atualizada”, esclarece.
As vacinas oferecidas durante as Campanhas são as mesmas do Calendário Básico de Vacinação 2020 da Criança e do Adolescente. Clique aqui para acessar o Calendário de Vacinação.
Confira a vacinação contra a poliomielite em SC entre os dias 5 de outubro e 10 de novembro
Por que é tão importante vacinar?
– As vacinas blindam o organismo de doenças que ameaçam a saúde;
– As vacinas ajudam a reduzir casos graves e mortes por doenças que poderiam ter sido prevenidas;
– As vacinas estimulam o sistema imunológico a reconhecer vírus e bactérias como ameaças e a produzir anticorpos contra eles;
– As vacinas são seguras e passam por diversos testes antes de serem disponibilizadas à população;
– As vacinas evitam surtos, epidemias e pandemias;
– As vacinas impedem que doenças já erradicadas/eliminadas voltem a circular.
A poliomielite no Brasil e em Santa Catarina
O Brasil não detecta casos de poliomielite (paralisia infantil) desde 1990 e em 1994 recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a Certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território. Em Santa Catarina, os últimos registros da doença foram em 1989. No entanto, os esforços ainda precisam ser mantidos, com a imunização de todas as crianças, para que o Brasil continue livre da doença.
A poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus. Ela é caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Ela acomete, em geral, os membros inferiores, tendo como principais características a flacidez muscular.
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A melhor medida de prevenção adotada é a vacinação.