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Após paralisação dos mineiros na região, SIECESC emite nota oficial

Falta de consenso entre classe trabalhadora e patronal resultou no início da greve neste domingo, dia 6.

Divulgação

Após Assembleia Geral Unificada, os mineiros da região Sul de Santa Catarina optaram pelo início da greve neste domingo, dia 6. O Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (SIECESC) se manifestou, também neste domingo, por meio de nota oficial.

Conforme o pronunciamento, a classe patronal recebeu, no dia 31 de janeiro, uma Notificação de Paralisação da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Carvão nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (FITIEC) e dos Sindicatos dos Mineiros de Criciúma, Lauro Müller, Siderópolis e Urussanga.

No dia 2 de fevereiro de 2022, o SIECESC ajuizou Dissídio Coletivo de Greve perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), sendo realizada, na sexta-feira, dia 4, uma audiência de tentativa de conciliação. Na ocasião, após amplo debate, as empresas ofereceram o reajuste total de 12,45% sobre o salário de dezembro de 2021 e mais a concessão em parte, abrangendo cinco itens do total de reivindicações dos trabalhadores.

Contudo, em Assembleia Geral Unificada, na Associação dos Mineiros, em Siderópolis, os mineiros da região Sul de Santa Catarina optaram pelo início da greve. O encontro foi realizado neste sábado, dia 5, em Siderópolis, e reuniu quase 300 trabalhadores. Do total, 203 votaram contra a proposta apresentada pelas empresas, 65 votaram favoráveis à proposta e houve, ainda, três votos em branco.

“Ressalte-se que o reajuste de 12,45% é o maior índice já concedido em Santa Catarina, para uma categoria laboral, nos últimos anos. As empresas respeitam a decisão. Contudo, reforçam que a paralisação gera danos para trabalhadores e empresários”, diz a nota divulgada pelo SIECESC.

Carboníferas já concederam INPC integral (10,16%)

Ainda conforme o comunicado, as carboníferas já concederam INPC integral (10,16%) na folha de pagamento referente a janeiro. “As Carboníferas tomaram a iniciativa de iniciar o processo de negociação ainda em dezembro de 2021, objetivando uma negociação rápida, responsável e buscando as melhores alternativas para a manutenção saudável da atividade”, ressalta.

“Como gesto de reconhecimento, empatia e valorização de todos os trabalhadores, as mineradoras já concederam, a partir da folha de pagamento de janeiro de 2022, antecipação integral de 10,16%, que corresponde ao INPC acumulado de 2021. Isso ocorreu mesmo antes de finalizarem as negociações com a Federação e os sindicatos laborais”, conclui.

O que buscam os Sindicatos dos Mineiros

Conforme colocado em pauta durante a Assembleia Geral Unificada, além da inflação de 10,16%, calculada por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), os trabalhadores buscam 80% do INPC de ganho real, ficando em um reajuste de 18,28%.

Durante a mediação, também foi colocado em pauta o auxílio em caso de morte. O sindicato dos trabalhadores solicitou 20 salários mínimos da categoria. Já a contraproposta das empresas foi o aumento de quatro para cinco salários mínimos, o que também foi rejeitado pela maioria.

Além das reivindicações citadas, as demais pleiteadas são: vale-leite no período de afastamento por doença ou por acidente de trabalho; assistência médica para o trabalhador acidentado enquanto durar o tratamento; pagamento de uma parte do plano de saúde, como já ocorre em uma das mineradoras; e unificação do salário profissional. Após deflagrar a paralisação, aguarda-se uma nova proposta por parte da classe patronal para análise.

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