Considerada crime ambiental, infração pode gerar multa de até R$ 50 milhões.
A Fundação do Meio Ambiente de Criciúma – Famcri, realizou na tarde desta quinta-feira (24), a retirada de entulhos depositados no Rio Criciúma nas imediações da Praça Nereu Ramos, região central da cidade. Na maior parte, isopores e embalagens de eletrodomésticos. A fiscalização aconteceu depois de uma denúncia.
Três colaboradores da Famcri, com auxílio de escadas, realizaram a limpeza no local de difícil acesso. Grande parte do lixo foi retirada, mas a fundação continuará em alerta para recolher partes que possam ter sido levadas pela correnteza.
De acordo com Valmir Gomes, fiscal da Famcri, o próximo passo será abrir uma investigação. A pessoa ou estabelecimento poderá responder por crime ambiental junto ao Ministério Público, além da aplicação de multa, que varia entre R$ 5 a R$ 50 milhões. “Várias lojas na área central trabalham com eletrodomésticos. Vamos retirar e analisar o código de barras ou algum outro indicativo para descobrirmos o infrator”, detalhou o fiscal.
Causa de alagamentos
O depósito de lixo em local inapropriado é um dos principais fatores que ocasionam cheias e alagamentos, principalmente com as tempestades de verão. “Com a chuva, esse material vai represar e dificultar a vazão das águas, com certeza, gera sérios problemas”, reiterou Gomes.
A presidente da Famcri, Anequésselen Fortunato, lamentou que atitudes como essa sejam praticadas em pleno ano 2019. “Nós tentamos de todas as formas conscientizar as pessoas, o governo trabalha para criar estruturas que minimizem os impactos das chuvas, mas ainda assim acontecem situações como essa. A Famcri irá tomar as providências cabíveis para apurar este crime ambiental”, reafirmou a presidente.
Colaboração: Comunicação Prefeitura de Criciúma