O Ministério Público solicitou ao Criciúma Esporte Clube a cessão de imagens das câmeras de videomonitoramento do estádio Heriberto Hülse. A intenção é analisar acontecimentos do fim da partida entre Criciúma e Figueirense, na noite desta quarta-feira, quando brigas aconteceram dentro e fora do Majestoso.
“Fomos procurados e vamos sim colaborar”, anuncia o diretor jurídico do Criciúma, Albert Zilli dos Santos. O promotor Alex Cruz pretende, com base nas imagens, identificar os torcedores que iniciaram as confusões, e há o risco de afastamento deles dos jogos do Tigre. “Sim, o Estatuto do Torcedor prevê sanções para quem promover baderna, de três meses a três anos”, sinaliza o promotor, citando as regras vigentes.
E a confusão iniciada dentro do estádio, quando a maioria aplaudia o time ao final do 0 a 0 diante do Figueirense, se alastrou a partir de uma confusão. “Um torcedor que não gostou que outros aplaudiam partiu para cima”, contou uma testemunha. A partir daí, houve diversos focos de conflitos resultando na intervenção da Polícia Militar, que precisou disparar balas de borracha no pátio, para desmanchar o tumulto. “A PM chegou atirando pra cima e pra baixo. Podíamos estar com filhos, mulheres, casais”, reclamou o torcedor da foto, que precisou de atendimento do Samu.
O Criciúma apoia punições a quem iniciou a confusão. “Seja quem for, vamos punir sim. Pretendemos banir do quadro de sócios”, antecipa o diretor jurídico do clube. “Tem torcedor que se acha dono do clube. Bandidagem não vamos permitir”, concluiu.
Procedimento no MP será instalado nesta tarde. “Já houve casos de torcedores penalizados aqui em Criciúma, embora a cidade não tenha histórico de tantos problemas. Mas temos que cortar o mal pela raiz”, arrematou o promotor Alex Cruz.
Colaboração: Rádio Eldorado e Portal Engeplus