O trabalho já foi contratado e levará dois anos para ser concluído.
Por mais que sejam executadas obras visando melhorias no escoamento da água da chuva, é nítido que é preciso muito mais para evitar situações caóticas em Tubarão, como a de quarta-feira, quando dezenas de ruas ficaram alagadas e o trânsito extremamente complicado em diversas ruas de Tubarão. Na atual condição, especialmente quando chove torrencialmente, os serviços feitos isoladamente não são suficientes. Para mudar este panorama negativo, será elaborado o Plano Municipal de Drenagem.
O estudo será feito pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O contrato inclusive já foi assinado e os trabalhos devem iniciar em até dois meses. A equipe avaliará toda a hidrologia do município, tanto na área urbana quanto na rural, fará cálculos com base em altos volumes de chuva, tubulação e outros dados e entregará ante-projetos com indicações dos investimentos necessários em cada localidade, como, por exemplo, bocas de lobo, troca de tubulação.
O prazo para conclusão é de dois anos e o custo de aproximadamente R$ 600 mil, dividido em 24 parcelas. “A equipe do IPH tem profissionais do mais alto gabarito. O coordenador já atuou até em Londres, na Inglaterra. Negociamos este trabalho desde o início da gestão e agora, finalmente, o contrato foi assinado”, enaltece o secretário de Proteção e Defesa Civil da prefeitura, Rafael Marques. “O estudo ajudará a minimizar não apenas os efeitos dos alagamentos, como também apontará informações para evitar enchentes”, acrescenta.
Últimas ocorrências
Durante o dia de ontem, a chuva deu uma trégua em Tubarão. Porém, em outros municípios algumas ocorrências foram registradas. Em Jaguaruna, o teto do salão comunitário caiu. A estrutura estava bem comprometida, mas não resistiu às chuvas. Em Imbituba, um deslizamento de terra no bairro Nova Brasília mobilizou os bombeiros, a Defesa Civil e a comunidade. Conforme o coordenador da Defesa Civil, Maurício Mavzoca Pires, uma boca de lobo entupiu e fez com que a água subisse e o barranco na beira da avenida cedeu.
“A água chegou a atingir algumas residências, mas em uma ação bem rápida efetuamos a desobstrução”, explica Maurício. Em Tubarão, o dia foi de contabilizar os danos. A prefeitura e a Defesa Civil fazem um levantamento dos prejuízos. O telhado de uma garagem na rua Ferreira Lima, na área central, nas proximidades do HSBC, desabou e destruiu oito carros e duas motocicletas. Ninguém ficou ferido. O engenheiro fez uma vistoria para emitir o laudo e a residência que faz limite com o local continua interditada até que o muro seja recuperado.
Com informações do site Notisul