Uma catarinense de 112 anos, moradora de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, foi reconhecida pelo Gerontology Research Group, nos Estados Unidos, como a pessoa mais velha do Brasil. Na lista das pessoas mais idosas do mundo, encabeçada por uma americana de 116 anos, Alida Grubba figura como a única brasileira.
Apesar dos indícios de que há pessoas ainda mais velhas no Brasil, como o caso da baiana Eurides Fagundes, cuja certidão de nascimento indica que ela tem 120 anos, nenhum outro brasileiro além de Alida conseguiu recentemente o reconhecimendo do grupo americano.
Quem encaminhou os documentos pra comprovação foi Darci Holtz, cuidadora da dona Alida há quase 20 anos.
Ela conta que reportagens sobre o aniversário de 112 anos da idosa, comemorado no último dia 10 de julho, chamaram a atenção do instituto, que entrou em contato. “Ele [funcionário do órgão] pediu certidão de casamento, certidão de nascimento e xerox da identidade dela”, conta Darci. Menos de um mês depois, saiu o resultado.
Nesta terça (11), Alida figurava na 38ª posição no site do grupo americano – o número pode mudar quando alguém morre ou há uma nova comprovação.
'Me sinto nova'
“Eu não me sinto velha”, diz dona Alida. “Tenho problema nas pernas, mas na minha cabeça, me sinto nova”, diz ela, que se locomove em cadeira de rodas.
A mulher que viu 11 papas, 26 presidentes no poder no Brasil e as duas guerras mundiais, lembra das implicações da ascendência germânica nos anos 40. “Não se podia falar alemão. Só falava em casa”.
Dona Alida nasceu em Jaraguá do Sul, em 10 de julho de 1903. Depois de passar por outras cidades de Santa Catarina e pelo estado de São Paulo. Casou-se, teve um único filho, e hoje vive na casa que era dos pais, um casarão também centenário.
Ela conta que sempre procurou manter a cabeça ocupada. “Eu lia muito. Acho que por isso a cabeça tá boa, né?”, diz a idosa, cujo passatempo preferido é jogar cartas.
Alida ainda tem vivas lembranças do passado. “Saudades de quando era moça, de quando a gente dançava bem. Eu gostava muito de dançar, eu não ficava cansada, não pensava em morrer. Acho que fico mais um ano”, diz dona Alida.
Com informações do site G1 SC