Instituto Australis atua no monitoramento de praias e diz que animais estão em SC para reprodução.
Ao menos 70 baleias francas apareceram nesta esta sexta-feira (7) no Litoral catarinense, desde a Praia da Pinheira, em Palhoça, na Grande Florianópolis, até o Cabo de Santa Marta, em Laguna, no Sul do estado, informou o Instituto Australis.
“Esse monitoramento foi feito por terra por nossas equipes de pesquisadores, técnicos e voluntários. Aparentemente, a ocorrência delas voltou ao normal, porque elas vinham de um ciclo de três anos com um baixo aparecimento. A expectativa é de que este ano chegue na média de 100 baleias na região”, declarou a coordenadora de pesquisa do Instituto Australis Karina Groch.
O órgão atua no monitoramento de praias e registra a presença dos animais que vêm ao estado durante o período de reprodução. “Essas calosidades no corpo da baleia, assim como as manchas brancas no filhote, a gente cataloga e constrói uma história de vida dessas baleias. Quando a gente reavista cada baleia catalogada, consegue ver a frequência de retorno, quantos filhotes já teve. Se é avistada muitos anos com filhote, é fêmea, se é avistada muitos anos sem filhote, é macho”, explicou Karina.
Na Praia da Guarda do Embaú, em Palhoça, na Grande Florianópolis, no início da tarde desta sexta, foram vistos dois grupos, eram fêmeas com seus filhotes.
O fotógrafo Herverson Santos registrou a presença delas na quinta-feira (6) na Guarda do Embaú. “Os pescadores relataram que elas estavam no local desde domingo”, contou.
Segundo a diretora do Instituto Australis, as baleias francas estão na temporada reprodutiva e aparecem na região de julho a novembro para acasalar ou para dar à luz, por isso têm sido avistadas em todo litoral catarinense. “Elas estão no auge do período reprodutivo, que é setembro, então, é normal que as pessoas façam relatos a esse respeito nesta época”, afirmou a coordenadora.
Conforme Karina Groch, na segunda quinzena de setembro, as primeiras baleias a chegarem ao estado nesta temporada devem começar a ir embora. As últimas a chegarem tendem a ficar até novembro.