Quem mora na região sente um misto de orgulho e satisfação ao ver um dos principais cartões-postais do Sul: a Ponte Anita Garibaldi, em Laguna. É com este sentimento que os amigos Fernando Henrique, de 36 anos, e Paulo Ricardo, de 35, escolheram o local para praticar saltos, o conhecido pêndulo.
Fernando é vendedor, pratica surfe há 20 anos e montanhismo há dez. Já Paulo Ricardo é representante comercial, faixa roxa no jiu-jitsu e também praticante de montanhismo. Ambos moram em Laguna e começaram a planejar os saltos há um mês. “Estudamos o local, o melhor horário para nós e quando houvesse menor movimento na BR-101 para evitar qualquer problema para os motoristas. Também compramos equipamentos extras. Não é algo amador”, explica Fernando.
Após todos os estudos necessários, bem equipados, os amigos seguiram para a ponte para colocar os saltos em prática no domingo. Foram seis saltos a 20 metros de altura. Um pescador que passava pelo local chegou a fazer um vídeo, que caiu nas redes sociais e gerou grande repercussão.
Sobre os riscos de se saltar da ponte, Fernando afirma que praticamente não há nenhum, se o salto for feito com os materiais corretos, o interessado tiver boa experiência na área de montanhismo e preferencialmente já tiver saltado em outro lugar. Os amigos de esportes radicais já conhecem o pêndulo há muitos anos. Entre outros lugares dos quais costumavam saltar está a Ponte Cavalcanti, em Tubarão.
Fernando, que já tem experiência de 70 saltos de bungee jump, ministra curso básico de escalada em rocha. Quanto ao pêndulo, ele e Paulo orientam os interessados, explicando todos os procedimentos para um salto seguro. “Estes saltos foram testes. Queremos fazer algo que não prejudique nossa linda ponte, pela qual tanto tempo esperamos para ficar pronta. E faremos da melhor maneira, com autorização dos órgãos responsáveis”, aponta.
Fernando também explica as diferenças entre bungee jump e o pêndulo. “O bungee jump é uma modalidade em que você amarra a corda elástica nos pés para realizar o salto, que acontece em linha reta, em queda livre. Já no pêndulo a corda é presa pela cintura pela cadeirinha. Ao saltar, gera um movimento de balanço, por isso o nome pêndulo”, descreve.
Regulamentação
Fernando Henrique também conta que procurou os órgãos responsáveis para pedir autorização. “Mas aqui ainda não existe uma lei que regulamente ou proíba a prática. Em outras regiões, como em Flores Cunha, no Rio Grande do Sul, os vereadores criaram uma lei. Existe até um pêndulo praticado em uma ponte que tem a altura de 22 andares. A região tem isso como atração turística.”
Para os interessados em aprender ou apoiar o esporte radical, o número do telefone de Paulo Ricardo é (48) 9616-7325.
Com informações do site Diário do Sul