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AMESC opta pelo não retorno das aulas presenciais

Em decisão conjunta, os prefeitos da AMESC (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense), definiram que as aulas das redes municipais dos 15 municípios do extremo sul se mantêm de forma não presencial até o final do ano letivo de 2020.

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Em decisão conjunta, os prefeitos da AMESC (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense), definiram que as aulas das redes municipais dos 15 municípios do extremo sul se mantêm de forma não presencial até o final do ano letivo de 2020.

Através de uma reunião híbrida (presencial e online), para atender os protocolos sanitários da covid-19, na manhã desta terça-feira, com a presença dos prefeitos, secretários de saúde, de educação, presidentes dos Colegiados de Educação, Saúde, Assistência Social e dos Direitos da Pessoa com Deficiência, CER (Comitê Extraordinário Regional), coordenação da rede estadual de educação, Coordenador Regional da Defesa Civil e coordenadora da educação da FECAM (Federação dos Municípios), Gilmara Silva, foi debatida na assembleia geral a deliberação sobre o retorno às aulas da Rede Municipal de Ensino – ano letivo 2020 e discussão e deliberação sobre a reativação do convênio do transporte escolar – ano base 2020, proposto pelo Governo do Estado.

O presidente da AMESC, prefeito Ronaldo Pereira da Silva, explica que os prefeitos tomaram uma decisão conjunta de todos adotarem a mesma medida. “Diante do diálogo entre todos os gestores e com base nas informações que nos foram trazidas pelos colegiados, pelo Comitê e bem como da FECAM, por meio da Gilmara, não retornaremos com as aulas presenciais nas escolas em 2020. As equipes das secretarias de educação fizeram pesquisas para chegar na melhor metodologia para atender através das atividades não-presenciais e não queremos por em risco a vida dos alunos e suas famílias. Desta forma, vamos agora estudar as planilhas do estado sobre o atendimento ao transporte público devido aos estudantes que voltarão, apenas para quem terá reforço pedagógico e concluir o ano letivo da rede municipal da forma que está. A partir de então, é hora de pensar em protocolos seguros para que as aulas retornem em 2021”, explica o presidente.

A representante da FECAM, Gilmara Silva, explanou que a maioria das associações de municípios tem tomado esta posição conjunta, pelo não retorno. Em algumas regiões, apenas cidades de grande porte adotaram o retorno. “É um impacto pedagógico muito maior ficar no impasse de retorno e não-retorno. Para as atividades voltarem é preciso que a região esteja na matriz de risco em área como Alto, sendo que já tivemos o caso de uma região que estava assim e mudou de uma semana para outra. Fica difícil para os pais se organizarem, fica difícil do estudante assimilar. É uma situação complexa de mudança muito rápida e instável”.

A presidente do Colegiado de Educação, Ariane Almeida, pontuou que os secretários de Educação defendem em não retornar às aulas presenciais neste ano letivo de 2020. “Duas preocupações maiores norteiam a situação: como os mesmos profissionais da educação iriam organizar suas rotinas entre atividades remotas e presenciais e a redução dos recursos na educação, diante à pandemia. É muita instabilidade e dificuldade, além do risco à saúde”.

Para a coordenadora do Colegiado de Saúde, Elixsandra da Silva Mota, os secretários de Saúde também ratificam os cuidados preventivos diante da pandemia. “As crianças que estão nas ruas também nos preocupam, mas é preciso que os pais também tenham esta consciência em cuidado. Nosso papel é minimizar os riscos e, portanto as escolas em atividades remotas é o mais seguro”. O presidente do CER, Caio Barp, também pontua que o Comitê possui a mesma visão.

Rosane Castelan, da Gerência Regional da Educação, pontuou que a rede estadual também analisa que é fundamental manter as atividades de forma remota, sendo que será dado suporte pedagógico presencial aos alunos que enfrentam dificuldades de aprendizagem. “Com base da média será feita a listagem de quem precisa desta ajuda para não ser prejudicado”.

Segundo a coordenadora de Políticas Públicas da AMESC, Rosangela Paulino, nos próximos dias haverá os encaminhamentos de como será organizado a questão do transporte dos alunos que terão o suporte pedagógico na rede estadual.

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