Ameaçador, um jovem de 20 anos, seria membro da facção criminosa denominada de Primeiro Grupo Catarinense (PGC)
Um alerta foi emitido para toda a rede da polícia na região Sul quanto a um jovem de 20 anos, natural de Laguna e com domicílio em Tubarão. Ele seria membro da facção criminosa denominada de Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e deixou o Presídio de Criciúma recentemente, com a suposta missão de matar um policial.
O suspeito teve a prisão preventiva anulada pelo Judiciário e ganhou liberdade no início da semana passada. Ele teria recebido a ordem de matar um policial em nome da própria facção criminosa ao deixar a unidade. No último fim de semana, o suspeito teria sido visto com outros dois homens em um Renault Clio em Jaguaruna.
Ao ser questionado sobre o caso, o comandante do 5° Batalhão, tenente-coronel Ângelo Bertoncini, confirmou que um alerta foi dado aos policiais. “É para que todos fiquem atentos sobre este rapaz devido às informações. Caso seja visto, vamos ver se está armado e checar se há um novo mandado de prisão. O ataque poderia ser a qualquer agente público, mas é o policial que está nas ruas o principal alvo”, aponta o comandante
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O jovem foi preso na última vez acusado de tráfico de drogas na região de Sangão e Jaguaruna. Ele foi capturado junto com uma quadrilha suspeita de participar do latrocínio cometido contra o mototaxista Sidney Mendes Santana, 55 anos. O corpo foi encontrado no dia 25 de maio deste ano em uma casa abandonada, na localidade de Sertão dos Mendes, em Tubarão. Sidney foi alvejado na cabeça com dois disparos. O crime foi elucidado pela Divisão de Investigação Criminal (DIC).
Morte de agente aumenta tensão
A suspeita de que o jovem teria a missão de matar um policial aumenta ainda mais a tensão entre os profissionais por ter surgido quase que simultaneamente à morte da agente penitenciária Deise Fernanda Melo Pereira Alves. Ela foi atingida por um tiro no tórax quando chegava na casa de familiares por volta das 21h de sexta-feira, em São José.
No início desta semana foi anunciada uma força-tarefa com as polícias Militar, Civil, Rodoviária Militar e Guarda Municipal na tentativa de identificar os envolvidos no crime. Por questão de segurança, não foram divulgados mais detalhes sobre as investigações. Até agora, informações apontam o envolvimento direto de três pessoas, sendo um ex-detento de São Pedro e dois adolescentes. Um deles foi preso ontem à tarde pela Deic.
Deise era esposa do diretor da penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Antônio Alves. Desde 2010, a inteligência da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Justiça e Cidadania sabiam que os dois estavam sendo ameaçados de morte.
Diário do Sul