Segurança

Alto índice de afogamentos nas lagoas

Só neste verão, foram quatro mortes por afogamento nas lagoas da região.

O litoral sul teve um verão de acidentes atípicos. Os afogamentos, que antes eram constantes, não tiveram ocorrências nesta temporada nas praias, porém as mortes não deixaram de acontecer. Mudaram apenas de local: os afogamentos seguidos de óbito ocorreram em lagoas espalhadas pela região.

O último deles ocasionou a morte de Álvaro Pereira da Silva, de 51 anos, que se banhava na Lagoa do Geraldo, localizada na Zona Sul do Balneário Rincão. A lagoa é bem profunda e possui até um aviso para que ninguém entre na água.

“Foram os próprios moradores que colocaram essa placa, porque é realmente perigoso. Tem bastante criança que mora por perto aqui. Mas mesmo assim o pessoal insiste em tomar banho na lagoa”, diz o morador Francisco Araújo.

Segundo o capitão James Ventura, do Corpo de Bombeiros de Criciúma, o problema está na confiança na água doce. “Por ser água mais calma, o pessoal se confia mais. Só que na água doce a pessoa flutua menos que na água salgada, fica mais fácil ir pro fundo. Por isso, a gente pede para quem vai para as lagoas que só entre até onde 'dá pé', pois nunca se sabe o que pode acontecer”, explica.

Só neste verão, foram quatro mortes por afogamento nas lagoas da região. “Quem estiver vendo não deve nunca tentar fazer o salvamento. Tem que jogar coisas que flutuem para quem está se afogando tentar se segurar e ir chamar ajuda de um salva-vidas ou bombeiro, pois muitas vezes ao tentar salvar uma pessoa, acabam se afogando as duas”, afirma Ventura.

A Tribuna