Grupo já foi identificado. Delegado acredita em cárcere privado.
A garota Franciele Patrício Marcos, 14 anos, prestou depoimento, acompanhada da mãe, na tarde de ontem, na Delegacia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso, de Criciúma. O delegado que ouviu a adolescente, Márcio Campos Neves, contou que trabalha com mais de uma linha de investigação e que a história contada pela garota, de que foi realmente mantida em cárcere privado por quatro dias, pode ser verídica.
“Tem alguns pontos estranhos, mas outros que levam a crer que a versão dela é verdadeira. Em princípio, os quatro jovens encapuzados que estavam com ela em uma casa, que ela disse não saber onde era, tinham-na sequestrado por conta de um relacionamento amoroso, de um quinto rapaz, que não estava no local. Após eles ouvirem no rádio que a garota estava sendo procurada, resolveram abandoná-la”, conta.
Neves adianta que os jovens já foram identificados e que o desfecho da história está próximo de ser concluído. Franciele estava desaparecida desde quinta-feira passada. Ela morava no Bairro Renascer e apurações da Polícia Civil durante o sumiço dela davam conta de que a garota estava em uma casa na região dos trilhos, no Pinheirinho. Ela revelou que ficou o tempo todo sem comer, beber, por medo de ingerir veneno, e que tinha acesso ao celular.
“Um dia liguei, o telefone ficou mudo, mas ouvi vozes aos fundos, dizendo que tinha um delegado na linha. A mãe dela alega que foi pedido R$ 5 mil de recompensa, o que será analisado nas escutas telefônicas”, conclui a autoridade policial.
A Tribuna
