O jovem de 23 anos é acusado de matar o empresário Charles de Carvalho, em maio de 2011
Daqui a exatamente um mês irá a júri popular, em Tubarão, o jovem de 23 anos acusado de matar o empresário Charles de Carvalho, de 40 anos. O crime foi registrado na madrugada do dia 21 de maio de 2011, na casa noturna Castelinho. A família da vítima espera pela condenação do réu.
Charles foi assassinado com seis tiros após discussões fúteis no estabelecimento. Dois dias depois do crime, um adolescente de 17 anos e o réu se apresentaram na Divisão de Investigações Criminais (DIC). No primeiro momento, o mais novo confessou que seria o autor dos disparos que tiraram a vida do empresário.
Com o decorrer das investigações, indícios apontaram que a versão do crime havia sido montada, já que teria sido supostamente cometido pelo adulto, e não pelo adolescente. Com o término do inquérito, o réu foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e vai a júri no dia 17 de setembro.
Cada vez mais adolescentes são usados para assumir crimes no lugar de adultos, evitando prisões e condenações. Em Tubarão, esta não é a primeira vez que este fato é registrado. Em dezembro de 2011, Fabiano Marcelino Felácio, mais conhecido como Baco, foi condenado a 19 anos de reclusão pela morte de Cristiano da Silva Silvano, de 32 anos. Na época do crime, em janeiro de 2010, dois adolescentes também haviam se apresentando como se fossem os assassinos, para livrar o verdadeiro autor.
Família está ansiosa por julgamento
A família do empresário do ramo de pré-moldados Charles de Carvalho, que foi morto aos 40 anos, aguarda ansiosa pelo júri popular marcado para o dia 17 de setembro, em Tubarão. Eles pedem a condenação do réu, de 23 anos.
“Meu irmão tinha uma filha, que hoje está com oito anos e, agora, cresce sem um pai por causa de uma discussão fútil. A menina era a paixão da vida dele, deixava de fazer tudo por ela. O Charles era um bom pai, um companheiro, gostava de praticar esportes e estar em família”, relembra uma irmã da vítima.
Charles era o irmão mais velho de cinco filhos. “Esperamos por justiça, até mesmo para que sirva de exemplo e outras famílias não passem pelo mesmo sofrimento que estamos passando. Não desejamos isso a ninguém”, acrescenta.
