Entidade encaminhou nesta quinta-feira ofícios à Fiesc, Facisc e aos deputados federais
As medidas adotadas pelo Governo Federal como compensação aos benefícios concedidos ao setor de transporte rodoviário de cargas têm preocupado a classe empresarial. Para buscar a revisão dessas medidas, que incluem a tabela mínima de frete, redução do Reintegra e a reoneração da folha de pagamento, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) está protocolando um ofício aos órgãos de representação para que ações urgentes sejam tomadas e a sociedade não sofra consequências mais danosas.
Na tarde desta quinta-feira, 07, o presidente da Acic, Moacir Dagostin, entregou o documento ao presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, na sede da associação. No ofício, a entidade empresarial, solicita empenho das entidades para sensibilizar as lideranças governamentais e políticas, ou mesmo propor medidas judiciais cabíveis, buscando a revisão das medidas. “É imprescindível que ações urgentes sejam tomadas. Tais medidas oneram substancialmente as operações das empresas da nossa região, podendo chegar em alguns casos até a sua inviabilização, e que provocarão novos aumentos de preços de produtos acabados, cartelização do setor de transporte rodoviário e aumento do desemprego”, coloca Dagostin.
A Acic também reuniu os representantes dos sindicatos empresariais de Criciúma para discutir os reflexos dessas medidas. O setor cerâmico será um dos grandes prejudicados com a aplicação da tabela mínima de frete e do Reintegra. “Essas medidas atentam contra a competitividade, a livre iniciativa e nos colocam novamente no arrasto de pós greve dos caminhoneiros, com prejuízos ainda maiores. O setor cerâmico tem uma movimentação enorme de caminhões diariamente e isso impactará fortemente nos custos e no preço dos produtos aos clientes. Os percentuais de reajuste no preço do frete são assustadores chegam a 95%, 98%”, destaca o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Criciúma (Sindiceram), Paulo Benetton.
Pleitos da classe empresarial
No documento, a Acic pleiteia a revogação da MP 832/18, que institui a política de preços mínimos do transporte rodoviário de cargas; a suspensão da aplicação da tabela mínima de frente enquanto não concluída a análise da MP; a revogação do Decreto nº 9393/18 restabelecendo o percentual de 2% para o Reintegra. Tal medida penaliza o setor exportador à medida que reduz de 2% para 0,1% sobre as receitas de exportações, e a reinclusão dos setores excluídos da faculdade de adesão à contribuição previdenciária sobre a receita bruta.
A Acic também encaminhou nesta quinta-feira o documento à Federação das Associação Empresariais do Estado de Santa Catarina (Facisc) e aos deputados federais de Santa Catarina.
Colaboração: Deize Felisberto – Assessora de Comunicação da ACIC