Operação "Falcon" teve início ainda em outubro de 2021, e mobiliza 78 policiais de ambos os Estados para o cumprimento buscas, apreensões e prisões temporárias
Teve início na manhã desta sexta-feira (27) mais uma etapa da “Operação Falcon”, uma investigação realizada em conjunto entre as polícias civis de Santa Catarina com a do Distrito Federal desde outubro de 2021. A ação tem como objetivo desarticular uma facção criminosa que promovia o crime de estelionato por meio da promoção de falsos leilões virtuais.
No total, 78 policiais civis foram mobilizados para a operação, que tem em Santa Catarina 16 ordens judiciais de busca e apreensão e 13 ordens judiciais de prisões temporárias emitidas. Até o momento, 12 prisões já foram realizadas no Estado catarinense.
Os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de São José, Biguaçu, Antônio Carlos, Balneário Camboriú, Santo Amaro da Imperatriz e General Câmara, esta última no Rio Grande do Sul. Todas as ações contam com a ajuda policial da 10° Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal.
Para o delegado da 10° Delegacia de Polícia, Tiago Carvalho, a integração entre as unidades policiais é de extrema importância. “O apoio do DEIC (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) com o efetivo de policiais e pesquisas terá resultados muito frutíferos na operação”, disse.
A “Falcon” é a terceira operação interestadual realizada no mês de maio pela 10ª Delegacia de Polícia.
A estratégia é de combater as fraudes que foram cometidas na região do Lago Sul, desestimulando dessa forma por meio de ações investigativas o deslocamento de criminosos ao Distrito Federal para a prática destes crimes.
Operação em SC
Ao todo, 60 policiais civis de Santa Catarina atuam na operação, com ajuda direta da DEIC da Polícia Civil, da Delegacia Regional de Polícia de São José e da Delegacia Regional de Palhoça. Foram feitas prisões em cinco diferentes cidades catarinenses:
- Cinco prisões em São José;
- Duas prisões em Palhoça;
- Três prisões em Biguaçu;
- Três prisões em Antônio Carlos, sendo uma em flagrante;
- Uma prisão em Santo Amaro da Imperatriz.
Mobilização policial atua desde outubro de 2021
Em outubro de 2021, após o conhecimento de que um morador do município de Lago Sul teria sido vítima de estelionato cometido pelo grupo criminoso em questão, as investigações tiveram início. Foi apurado que outras dez pessoas também foram alvos do crime.
As vítimas dos falsos leilões residiam no Distrito Federal, em São Paulo e em Minas Gerais.
As investigações indicaram que os alvos da operação desta sexta-feira emprestavam suas contas bancárias para o grupo criminoso.
Assim, os integrantes da facção usufruíam das vantagens ilícitas adquiridas por meio dos golpes virtuais, quando as vítimas acreditavam que estavam adquirindo veículos em um site de leilão chamado “Falcon Lances”.
Estima-se que o grupo criminoso obteve R$ 500.000 por meio das fraudes. Desde o início da operação, já foram capturados e presos, de maneira preventiva e temporária, ao menos 18 pessoas ligadas à associação criminosa.
Policiais alertam para golpes
A Polícia Civil de Santa Catarina e do Distrito Federal alertam que há bastante tempo o empréstimo de contas bancárias vêm sendo percebido. Por conta disso, os policiais advertem para os golpes praticados por meio dos leilões virtuais.
Desta forma, é preciso atentar-se ao sites que já foram identificados como fraudulentos.
Além disso, em todas as negociações oficiais, os veículos devem ser preferencialmente verificados nos pátios dos leilões e em caso de opção pela compra, o pagamento deve ser realizado especificamente para a leiloeira, nunca para pessoas físicas.
Os criminosos também costumam utilizar, como isca para potenciais vítimas, preços menores e mais atrativos do que os encontrados em leilões lícitos, razão pela qual estes anúncios devem ser considerados suspeitos.
Com informações do ND+