Volume é o maior da história de Santa Catarina. Quadrilha foi presa.
Um novo recorde em apreensão de maconha em Santa Catarina: 5.104 quilos. Este foi o volume apreendido nesta semana na BR-116, em Ponte Alta, no Planalto Serrano. A ação foi realizada pela Polícia Civil, através da Diretoria de Investigações Criminais –DEIC, Polícia Rodoviária Federal – PRF e Receita Federal. Os detalhes foram divulgados em uma entrevista coletiva na manhã deste sábado (08) na sede da DEIC em Florianópolis.
Conforme informações, após uma intensa troca de informações de inteligência e trabalho conjunto, a droga foi encontrada em uma carreta bitrem abordada no início da tarde de quinta (06). A maconha estava escondida embaixo de uma carga de milho a granel, dividida em fardos de 30 a 40 quilos cada um. A carreta Volvo tem placas de Palhoça/SC. O motorista, com 31 anos, foi preso no local.
Pouco adiante, na área urbana do município de Correia Pinto, foi abordada uma Mitsubishi/L200 placas de São José/UF que fazia o serviço de batedor para a carga. Nela, estavam dois irmãos de 48 e 50 anos, empresários de Palhoça, apontados pela investigação como os chefes do esquema. A carreta com a maconha estava em nome de um deles.
Segundo a nota fiscal, a carreta bi-trem tinha como destino para o milho a cidade de Chapecó. No entanto, as investigações apontam que a maconha era proveniente do Paraguai entrando no Brasil via Ponta Porã (Mato Grosso do Sul) e provavelmente seria distribuída em grandes centros consumidores, como a região da capital catarinense. A carga vale no mercado cerca de 10 milhões de reais.
Esta foi a terceira grande apreensão conjunta de maconha registrada este ano. As outras duas foram nos meses de maio, com 5 toneladas, e junho, com 4,7 toneladas, totalizando quase 15 toneladas em apenas três meses.
Nas três ocorrências, o modo de transporte era o mesmo: a droga estava escondida sempre debaixo de cargas de milho a granel. A quadrilha era a mesma, e com a prisão quinta-feira dos donos da carga, encerra-se o ciclo de crimes desta quadrilha.
De acordo com as investigações, após as duas primeiras apreensões, uma pessoa foi morta pela quadrilha no Paraguai no final de junho, acusada de ser a delatora do esquema. Por isso, além de tráfico de drogas e associação para o tráfico, os envolvidos vão responder também por homicídio.