Educação

Abuso sexual infantil

Foto: Divulgação

De tudo de ruim que acontece diariamente no mundo, em minha opinião, nada é pior do que a violência contra a criança. Porém, nada pode causar tanta indignação e repugnância quando se trata de abuso sexual. Fala-se em direitos humanos, criam-se programas de proteção, disque denúncia, leis e mais leis, mas a cada ano aumenta assustadoramente o número de crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual, sem que a justiça seja feita. De acordo com pesquisas divulgadas, há alguns países mais propensos à prática deste crime, dentre os quais o Brasil, ocupando os primeiros lugares no ranking internacional com uma média de quatro casos de exploração sexual de crianças por hora.

Todos sabem que estudos científicos comprovam que os primeiros anos de vida da criança são marcantes para a formação da sua personalidade, e é justamente nessa fase que temos visto frequentes casos de violência, evidenciando a relação de poder do adulto sobre ela, amedrontada pelas ameaças e calando-se, permitindo que o bandido fique impune. À criança falta a coragem para denunciar, ao Estado falta políticas urgentes de prevenção para combater o problema, à família cabe à dor de ver seu maior patrimônio estraçalhado por um monstro.

Retomei este assunto hoje em função do ocorrido no último final de semana no interior de São Paulo quando um Prefeito estuprou uma menina de oito anos. Se a menina não tivesse conseguido fugir e buscar por socorro, provavelmente ficaria a palavra de uma criança contra a de uma “autoridade”, cuja responsabilidade de zelar pelo bem estar de seu município lhe foi conferida pelo voto, e por isso deve ao seu povo o maior respeito possível. No entanto se revela um bandido, um covarde, um verdadeiro monstro, mas que tem direito à cela separada por ter “foro especial”. Lembrando também que novas denúncias começam aparecer envolvendo-o, sinal de que é um ser desprezível, um maníaco.

O que se passa na cabeça deste verme e de todos os estupradores? Que prazer podem sentir em roubar o que uma criança tem de mais sublime: sua inocência e seus sonhos, além de submetê-la a sofrimentos físico e psicológico. O físico o tempo cura, mas o psicológico será um fantasma para sempre na memória da criança.
Qual seria a solução para tão grave problema, já que as leis não funcionam, a justiça é falha? Já escrevi neste espaço há algum tempo e volto afirmar: “castração química para estes covardes”. Talvez fosse a solução para conter o instinto doentio destes que não merecem ser chamados de seres humanos, e muito menos de animais, pois entre os animais, apesar de irracionais, existe o respeito mútuo.

É urgente que sejam elaborados e executados programas de prevenção envolvendo todos os segmentos sociais que são frequentados pela criança: igrejas, escolas, clubes, famílias. As famílias e as escolas, usando uma linguagem adequada à idade, precisam falar de educação sexual para as crianças desde a tenra idade, ensinando-as a lidar com o corpo entendendo que ele deve ser respeitado, que adultos não podem abusar dela.

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