Declaração foi dada durante entrevista a respeito das polêmicas envolvendo possíveis fraudes na Administração Municipal e sobre assuntos gerais.
A prefeita e vice de Lauro Müller, Saionara Bora e Soraya Librelato, respectivamente, se pronunciaram a respeito das polêmicas envolvendo possíveis fraudes na Administração Municipal nesta semana. As declarações foram feitas durante entrevista na Rádio Cruz de Malta na manhã de sexta-feira, dia 30, que também tratou de assuntos gerais. Na ocasião, a prefeita agradeceu à equipe a foi além: “Eu acredito que hoje a gente tenha o melhor secretariado que existe, não vou dizer só em Santa Catarina, talvez no Brasil, sendo um pouquinho falta de modéstia”.
Quanto ao primeiro caso, que apura suposta incompatibilidade no exercício de atividades, a prefeita afirmou que é médica, que tem consultório particular em Urussanga e que é credenciada ao DETRAN/SC há oito anos. “Eu não sou funcionária pública do DETRAN. Eu não recebo nenhum salário”, afirmou.
“Eu sou médica? Ok. Eu fico duas horas fora? Ok. Muitas vezes, fim de tarde, eu volto à Prefeitura e saio oito, nove horas da noite. Se você for seguir que o horário da Prefeitura é até as 17h, então o prefeito, quando fica até tarde, teria que ganhar hora extra? Eu faço esse questionamento. Não existe um horário para prefeito, não existe uma legalidade para isso. O que o prefeito precisa fazer é cumprir com suas obrigações, e isso eu cumpro”, garantiu.
Segundo ela, o horário no DETRAN/SC é das 14h30min às 16h30min, todos os dias. “A minha filha é credenciada. Houve um problema no DETRAN e todos foram descredenciados. Agora, ela começa semana que vem. Então, na maioria dos dias, eu vou estar aqui. Lá seria todos dias, mas, várias vezes, eu fui para Florianópolis e fiquei o dia inteiro, então isso prova que não atrapalha em nada. Eu não deixei de cumprir minhas obrigações por causa disso”, concluiu.
A Ação Civil Pública (ACP) que apura irregularidades ocorridas no processo licitatório no âmbito da Fundação Hospitalar Henrique Lage também foi abordada na entrevista. Neste, são réus (acusados): a prefeita Saionara Correa de Carvalho Bora, a diretora da Fundação Hospitalar Regina Ramos Antunes, o advogado Luiz Marcos Bora Junior e o escritório de advocacia Luiz Marcos Bora Sociedade Individual de Advocacia. “Em relação ao hospital, nós não temos gerência. Eu não tenho ação no que eles fazem. Em nenhum momento eu indiquei o nome do meu filho”, declarou.
Por fim, falou da ACP que averigua suposta fraude no âmbito da Secretaria de Administração do Município. Neste, os denunciados são: a prefeita Saionara Correa de Carvalho Bora, o secretário Municipal de Administração José Artur Fernandes, o advogado Rafael Dagostin da Silva e o escritório de advocacia Rafael Dagostin da Silva Sociedade Individual de Advocacia. “Nós não participamos como gestoras das licitações. Isso não é da nossa alçada. Não podemos nos envolver com isso. Não conheço o advogado. Essa parte fica com a procuradora”, justificou.
Por fim, ela informou que o saldo em sua conta, que estava bloqueada, foi liberado pela Justiça e que é inocente em todas as situações. Na mesma ocasião, a vice-prefeita Soraya Librelato também declarou inocência. “Eu sei que nós iremos ser alvo de investigação durante os quatro anos. Isso não nos abala emocionalmente porque sabemos de nossa retidão”. A entrevista seguiu falando sobre agenda das gestoras em Florianópolis e dos assuntos tratados na capital.