Política

Eleições 2018: “A confiabilidade das urnas eletrônicas é total”, diz secretário do TRE-SC

O secretário Álvaro Sampaio Neto diz que o sistema é totalmente confiável e tem 30 barreiras de segurança.

Foto: Felipe Carneiro / Diário Catarinense

Assim como em os outros anos, o questionamento sobre as urnas eletrônicas voltou à pauta nestas eleições, principalmente depois dos questionamentos do candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), no último domingo.

Em entrevista, o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Regional Eleitoral em Santa Catarina (TRE-SC), Álvaro Sampaio Neto, diz que o sistema é totalmente confiável e tem 30 barreiras de segurança.

Confira a entrevista abaixo:

Qual é o nível de confiabilidade das urnas eletrônicas?

A confiabilidade das urnas eletrônicas é total. Nestes 22 anos de uso, não há nenhuma comprovação de fraude. Todas as suspeitas foram investigadas e nenhuma comprovada. Elas (urnas) não têm qualquer ligação com a internet e contam com mais de 30 camadas de segurança.

Quais as etapas de instalação das urnas?

Uma empresa que ganha a licitação do TSE produz a urna e o Tribunal faz o software, que é auditado por partidos, OAB e Polícia Federal para verificação. Na semana passada esse software foi lacrado e recebeu uma assinatura digital com criptografia. Depois disso, ninguém mais consegue alterá-lo sem quebrar a assinatura. Agora serão feitas cerimônias públicas nas zonas eleitorais onde as urnas são carregadas com os nomes dos candidatos e dos eleitores. A lista de cada dia em cada zona eleitoral está no site do TSE. No dia da eleição, após o término da votação, é impresso um boletim da urna com todos os resultados de votação daquela sessão eleitoral e os resultados são gravados na memória da urna, que é levada para a Justiça Eleitoral. Os resultados de cada urna podem ser vistos por qualquer pessoa.

Houve denúncias em outros anos em relação às urnas e algo se comprovou?

Nunca teve comprovação. Tivemos suspeitas, mas sem comprovação oficial de fraude.

Como funcionam as 30 barreiras de segurança das urnas?

São vários mecanismos. Um deles é a urna não ter conexão com a internet. Há também um lacre físico na urna e um teste público de segurança em ano ímpar. Essas 30 camadas mostram a segurança do sistema. Para fraudá-la, a pessoa teria que quebrar todas essas barreiras. É diferente do voto impresso, em que uma pessoa poderia fraudar o voto com uma caneta.

Com informações de Ânderson Silva / NSC Total

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