O crescimento do número de mortes em acidentes de trânsito nos últimos tempos coloca o Brasil em destaque no ranking mundial, envolvendo, na sua maioria, jovens na faixa etária de dezoito a quarenta anos. Sem contar os que não entram nas estatísticas porque ficam hospitalizados e acabam morrendo dias depois com diagnóstico de falência múltipla dos órgãos. Temos sentido muito esta realidade em nossa região, pois rara é a semana que não somos apanhados de surpresa com mortes prematuras de jovens do nosso convívio social, vítimas de imprudência.
É dura a realidade, mas pesquisas mostram que 98% dos acidentes de trânsito são causados por imprudência humana, como: falar no celular ao volante, dirigir alcoolizado, excesso de velocidade, não usar a distância necessária do carro que vai à frente, mau uso das setas, não uso do cinto de segurança, falta de manutenção do veículo, dentre tantas outras. Mas, o que mais tem preocupado pais, autoridades, educadores, enfim a sociedade como um todo é o uso das drogas, tanto lícitas quanto ilícitas. Hoje corremos um sério risco de nos cuidarmos na prevenção de doenças graves e acabarmos mortos nas mãos de irresponsáveis no trânsito, pois grande parte das vítimas morre inocentemente.
A cada dia são publicadas novas estatísticas sobre o consumo do álcool e as consequências que traz para a sociedade. Os últimos números mostrados na mídia apontam o crescimento nos gastos do Sistema Único de Saúde – SUS- com as internações, indenizações por morte ou invalidez, procedimentos cirúrgicos, enfim situações que poderiam ser evitadas, mas falta rigidez na hora da punição.
O que fazer para conter esta fúria que tem tomado conta, em especial de nossos jovens, que saem de casa, lindos e perfumados, e acabam voltando aos pedaços num esquife, ou mutilados numa cadeira de rodas, ou despedaçados psicologicamente por terem sido causadores de infelicidades para muitos lares?
É preciso educação para o trânsito, mais rigor no cumprimento das leis, levar para a cadeia quem não as cumpre, a exemplo de países de primeiro mundo, onde a justiça pune com rigor os crimes cometidos no trânsito.