Sindicatos não entraram em concordância e greve continua
O Sindicato dos Empregados de Transportes de Valores de Santa Catarina (Sintravasc) e o Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Santa Catarina (Sindesp) não chegaram a uma negociação que satisfizesse ambos os lados, e os transportadores de valores seguem em greve. Como não houve negociação, o Tribunal Regional do Trabalho de Florianópolis julgará o dissídio coletivo nesta quinta-feira, às 13h30min.
Os trabalhadores pedem um aumento do NPC de 4,88%, 10% de aumento real do piso salarial, retorno do ticket alimentação nas férias e plano de saúde integral, além de 10% de quebra de caixa para os tesoureiros. De acordo com Júlio Maranhão, tesoureiro do Sintravasc, o Sindesp ofereceu apenas 4% de aumento e nada mais. "Esta proposta é a mesma desde o dia 16 de maio e nada mudou. Após a decisão do TRT faremos uma reunião com os trabalhadores para decidir o rumo da greve", garantiu.
Conforme matéria publicada pelo Portal Engeplus, desde o início da greve, no dia 2 de julho, os bancos estão sem receber dinheiro o suficiente, e por isso o valor para saque está limitado aos clientes. Segundo a advogada do Procon de Criciúma, Nadir Zapelinni, apenas dois usuários do banco reclamaram seus direitos. "O Código de Defesa do Consumidor é claro no sentido de que o banco não pode limitar a quantia de saques. Mas os bancos estão tentando ajudar, para que não falte dinheiro para ninguém. O único jeito que o Banco Central tem para enviar dinheiro para os outros bancos são os transportes de valores, então não há muito que ser feito", afirmou.
Ainda assim, Nadir explica que se houver algum prejuízo de ordem material, o consumidor tem o direito de pedir ressarcimento assim que a greve acabar.