Evento organizado pela Unesc contou com a palestra do professor da Universidade de Barcelona, Jorge Larrosa, e segue até sábado
Com o Espaço Flor de Liz do Centro de Eventos Germano Rigo lotado, a Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense) de Criciúma, deu início ao primeiro Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação: Perspectivas Contemporâneas. O evento iniciou na noite de hoje (10), com a palestra do professor doutor da Universidade de Barcelona, Jorge Larrosa, e segue até sábado (13), contando com uma série de Grupos de Trabalho, minicursos, oficinas, palestras, Feira do Livro, entre outras atividades.
Durante a cerimônia de abertura, o reitor da Universidade, Gildo Volpato, destacou que eventos a exemplo do Congresso têm a finalidade de compartilhar experiências, descobertas e produções científicas diante de diferentes áreas. “Aqui reunimos competências e trocamos conhecimento. Afinal, não adianta produzir e não ter espaço para divulgar”, comenta. “São estas ações que tornam a Unesc o que ela é. Com trabalho em conjunto e união, conseguimos realizar tudo aquilo que desejamos”, pontua.
O palestrante da noite, Larrosa, aproveitou a oportunidade para falar sobre a “morte do estudo”. “Vou fazer, aqui, um discurso fúnebre. Um discurso não com a intenção de ressuscitar os mortos, mas com o objetivo de aprender coisas para mudar o método atual de educação”, comenta. Para ele, “o estudo é um exercício sem finalidade alguma. As universidades estão tão preocupadas com as questões técnicas que esquecem de fazer os acadêmicos estudarem”, emenda o palestrante.
Contando causos, lendo citações e relembrando a história, Larrosa fez uma intervenção anacrônica sobre as universidades, falando sobre sua evolução e envolvimento com demais instituições. “Os estabelecimentos educacionais sempre se caracterizaram pela distância que impunham à sociedade. Mas hoje isso está mudando, eles estão se colocando à serviço da comunidade”, pontua.
Para a diretora da UNA HCE (Unidade Acadêmica de Humanidades, Ciências e Educação da Unesc), Angela Back, logo no primeiro dia o Congresso já mostrou que cumprirá muito bem o seu papel, de dar visibilidade à Licenciatura e reconhecer o profissional professor. “O nosso desejo, ao idealizá-lo, era de avançar para além dos muros da Universidade, e conseguimos congressistas da América e da Europa. Queremos que o meio acadêmico se reinvente, e que a Licenciatura tenha o destaque que merece”, enaltece.
Feira do Livro é uma das atrações do Congresso
Uma das atividades realizadas durante o Congresso Ibero-Americano é a primeira Feira do Livro itinerante da Universidade. Durante o evento, a Ediunesc (Editora e Livraria da Unesc) e a Unilivros levam ao local mais de 3 mil títulos e 10 mil unidades, que têm como foco principal as Ciências Humanas e a Educação. Diversas áreas estão sendo representadas, da Filosofia à Engenharia, das Artes à Matemática.
Conforme Mauricio Geraldo, da Unilivros, a ideia é estruturar a Feira dentro do contexto da Universidade, dando ênfase aos temas abordados durante o Congresso. “Além disso, trouxemos os títulos mais vendidos em literatura nacional e internacional, infantil, infanto-juvenil, contos e outros, no intuito de atender ao maior número de pessoas possível. Também estamos oferecendo 20% de desconto para que a Feira se torne ainda mais atrativa”, comenta.
A gestora da Ediunesc, Graziella Zanette Ghisi, conta que além dos autores da própria Universidade, títulos de outras editoras acadêmicas também estão à disposição. “Solicitamos livros de diversas áreas, desde a Gastronomia até as Ciências Humanas. Queremos divulgar a Feira para os alunos e professores, além de fomentar a venda dos títulos. As nossas expectativas são as melhores possíveis”, expõe. .
Feira Solidária leva o campo à Universidade
Mais uma Feira Solidária está movimentando a Praça do Estudante da Unesc. O diferencial desta vez é que como a ação ocorre paralela ao Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação, a Feira ocorrerá em dois dias (hoje e amanhã – 10 e 11/9) em vez de apenas na quarta-feira, como ocorre todas as semanas. No local, professores, acadêmicos e comunidade em geral podem encontrar produtos da agricultura familiar, artesanato, de participantes de colônia de pesca, entre outras atividades. A ação faz parte do Paes (Projeto de Economia Solidária) da Universidade e já está no terceiro ano.
Semanalmente, entre seis e 12 feirantes participam da atividade, levando ao local diferentes itens. Nesta quinta-feira, a Feira da Solidariedade permanecerá estruturada na Praça dos Estudantes, durante a manhã, tarde e noite, para atender aos participantes do Congresso, alunos e professores da instituição.
Colaboração: Samira Pereira/Ápice Comunicação