Com a proposta de apresentar a agentes culturais e artistas mecanismos do Ministério da Cultura que visam viabilizar projetos e também estimular empresas e contadores à investir no setor cultural, o Fórum de Incentivo à Cultura ocorreu, na manhã desta quinta-feira (14), no auditório Díomício Vidal da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC). O encontro foi organizado pelo Governo Municipal, por meio da Fundação Cultural de Criciúma (FCC) e pelo Colegiado de Cultura e Turismo com o principal foco de motivar área empresarial a destinar parte da declaração do imposto de renda a projetos culturais, como assegura a Lei Federal n° 8.313/91.
O presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC) e representante do prefeito Márcio Búrigo no evento, Sérgio Zappelini afirma que o fórum reuniu aproximadamente 150 pessoas, tanto da Região Carbonífera quanto dos municípios das regiões de Laguna (Amurel) e do Extremo Sul (Amesc). “Chamamos representantes do Ministério da Cultura aqui para que explanassem sobre a Lei de Incentivo à Cultura a empresários e contadores a fim de que saibam que podem contribuir pela declaração de imposto de renda com a cultura e com projetos artísticos presentes em nossa região. É um momento de explicar a todo nosso público como a legislação federal proporciona este auxílio e também a importância dele”, afirma.
O evento teve como foco principal a palestra de incentivo fiscal e sobre o Vale Cultura com o diretor de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Odecir Luiz Prata da Costa. O dirigente passou para a plateia um vídeo que explicava sobre o Vale Cultura. “O mais importante é saber que o conceito de contribuir já está enraizado na região. O diferencial deste incentivo é que quando enviamos este fundo para Brasília não sabemos onde ele será investido e trata-se de dinheiro público. Queremos impulsionar também estas empresas a fazer a declaração para algum projeto local” avalia.
Em abertura do evento, o diretor da empresa Farben, Edmilson Zanata, apresentou aos presentes as vantagens e os projetos culturais nos quais a corporação investe por meio da declaração. O grupo Farben contribui com três incentivos fiscais, num total de 6% investidos. Desse percentual, 4% vão para a Lei Rouanet do Ministério Cultural, 1% para o Fundo da Infância e do Adolescente (FIA) e 1% ao incentivo ao esporte. “Cultura também é terapia e qualidade de vida e oferece as pessoas cidadania. Esses 6% que destinamos à cultura, ao esporte e ao Fundo da Infância e Adolescência (FIA) é um dinheiro que fica aqui e podemos acompanhar onde ele está sendo aplicado. A imagem da empresa cresce e é sempre bem reconhecida”, afirma Zanata.
Sérgio Zappelini ainda agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância da cultura de uma forma mais ampla. “Falar de cultura é fundamental ainda mais quando o Ministério da Cultura é sempre tão solicito. Quando chegamos às empresas é porque temos uma causa justa para isso. O artista precisa viver e sobreviver e falo aqui não só de cultura, mas de economia. Por isso peço que não enxerguem a arte por um olhar da cultura marginalizada e sim por mais uma forma de investimento”, frisa Zappelini.
Colaboração: Denise Possebon