Usar corretamente a língua do país onde nasceu é obrigação de todo cidadão. Contudo, ouvimos diariamente erros absurdos, até mesmo de cidadãos que se dizem letrados, mas erram nos detalhes, tornando-se ridículos..
Existe hoje uma cobrança ostensiva do mercado de trabalho para que se tenha domínio de uma segunda, terceira língua. Fala-se demasiadamente no domínio do Inglês e do Espanhol. Ótimo! Até aí nada contra. Quanto mais cultos formos, mais as portas abrir-se-ão a nosso favor. É interessante aprender tantas línguas quantas forem possíveis e necessárias, mas antes primeiramente é preciso ter pleno domínio do idioma mais importante para nós: a nossa língua materna, o PORTUGUÊS.
Com o advento da internet e da comunicação via e-mail, os erros gramaticais e os vícios de linguagem proliferam-se entre os jovens, porém convém lembrar que não são apenas eles que cometem deslizes no uso da língua. Não é raro profissionais que ocupam cargos de alto escalão escorregarem no uso do idioma. Às vezes parecem erros banais, mas na verdade podem comprometer a credibilidade do profissional e da empresa.. São expressões que destoam e aparecem com frequência em reuniões formais, em entrevistas de emprego, em ligações telefônicas e outras situações.
É preciso, pois, muita atenção quando se pretende usar certos termos ou expressões para que não causem um impacto adverso. Elencarei aqui algumas situações que comprometem seriamente a comunicação É extremamente ridículo o uso de, por exemplo: “Fazem dez dias que viajei”, “Houveram momentos…” pois são erros gravíssimos de concordância verbal. Outro erro imperdoável é o uso incorreto de “ao encontro” e “de encontro”, dependendo do contexto toma dimensões totalmente adversas. Fuja do “ a nível de”, “ tipo assim”, "ao meu ver", "haja visto", TV "a cores", “de menor”, “por obséquio”, “vou estar enviando” e muitas outras expressões que tiram a elegância da nossa bela e culta Língua Portuguesa.
Façamos, pois uso correto da nossa língua, valorizando-a antes de qualquer outra, estudando-a para não empregá-la inadequadamente, usando-a para levar a todos o melhor saber possível, ensinando-a como passaporte para um mundo cheio de paz, harmonia e liberdade.Como dizia Graciliano Ramos ”A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
Assim, use e abuse do idioma, ele é nosso, mas faça-o com responsabilidade e respeito.