Educação

Lei da Palmada

Foto: Divulgação/Internet

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Depois de quase três anos em discussão foi aprovada a polêmica “Lei da Palmada”, hoje com o nome de “Lei Menino Bernardo”, em homenagem ao menino assassinado pela madrasta e o pai no Rio Grande Sul há pouco tempo. Crime bárbaro, cuja pena por maior que seja será sempre insignificante perante a monstruosidade praticada.

Mas, no meu ponto de vista a Lei da Palmada é uma verdadeira afronta à autoridade paterna, pois acredito não ser direito do Estado intervir na educação dos filhos, negando aos pais a autoridade que lhes é de direito. Quero que fique bem claro que não sou favorável à agressão física nem psicológica na educação das crianças, mas defendo a ideia  que educação dos filhos é compromisso da família; ao Estado cabe oferecer aos cidadãos as melhores condições de saúde, segurança, educação de qualidade, para que as famílias se estruturem dignamente  a fim de oferecer aos filhos as condições indispensáveis ao bem viver.E não é o que acontece no atual cenário político.  

Cercear o direito que os pais têm de educar seus filhos dentro de normas e limites essenciais para a formação de um verdadeiro cidadão é contribuir para a desestruturação da sociedade, além de dar mostras de que a família é impotente na resolução de seus conflitos internos precisando da intervenção do estado. Os filhos não nascem com manual, não existem fórmulas prontas para se educar alguém, pois cada ser humano tem uma personalidade única e cada pai ou mãe tem suas próprias referências no que diz respeito à educação.

Nunca fui favorável a criação de filhos aos berros e tapas, mas não dispenso umas boas palmadas, umas sacudidelas, sem agressividade, para fazer com que o os pequenos coloquem-se nos seus devidos lugares. Primeiro o diálogo, o exemplo, o apoio, mas se  não funcionar, podem e devem sim os pais  apelar para algumas chineladas. Isso não significa, em hipótese alguma, contribuir para o surgimento da agressividade na criança, pois a palmada educa quando usada na hora certa e com consciência. Limite, disciplina, ocupação, exigências são deveres inerentes à família para que os filhos aprendam discernir liberdade de libertinagem.

Diante disso, pergunta-se: punem-se os pais por conta de algumas palmadas, mas que lei protege os pais contra a falta de educação e de respeito de filhos rebeldes e insatisfeitos? Quem vai ressarcir os prejuízos morais de um pai afrontado pelo filho mal educado?