Há oito anos, Maria de Lurdes de Oliveira, de 46 anos, veste o uniforme da empresa Transportes Capivari e assume o seu posto na boleia de um ônibus. O seu instrumento de trabalho ocupa sete horas e 20 minutos do seu dia. Conforme reportagem do jornal Notisul, natural de Criciúma, aos 9 anos ela já levava ‘jeito para a coisa’. “Brincava em uma caçamba velha que tinha próxima onde morava e convidava os meus amigos. Era uma diversão sadia, claro, o veículo não tinha rodas e nem motor. Depois disso, apaixonei-me pela profissão de motorista”, revela.
Maria de Lurdes é casada com um caminhoneiro, o que, de acordo com ela, influenciou ainda mais à sua vocação. Dos três filhos do casal, um deles também viaja pelo país em um caminhão e outra filha é casada com um motorista. “Quando sai por este país, o meu marido já me ensinava a dirigir. Ser uma condutora é diferente, um vício, uma responsabilidade. Não consigo ficar um dia sem trabalhar. Acredito que a inspiração vem de berço e vamos aprimorando com o tempo”, ressalta.
Quando os passageiros sobem a escadinha do transporte público coletivo e dão de frente com ela… “A primeira reação é surpreendente, depois, eles se acostumam de não ter um homem no volante. Meu outro talento é a costura, já pensei em abandonar a atividade que atuo. Porém, gosto do que faço e estou bem satisfeita”, enfatiza. E para quem está desmotivado com a rotina do seu trabalho, Maria de Lurdes manda um recado. “Nunca desista do seu sonho. Supere os seus medos, vença os desafios. Seja persistente, porque tudo passa”, conclui.
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