Três casas ficaram destruídas e só restaram entulhos. Nos imóveis moravam as famílias de três irmãs
Um incêndio, possivelmente criminoso, destruiu três residências na madrugada de ontem em Braço do Norte. Os imóveis de madeira eram das irmãs Eliane Beto Isidoro, Elidiane e Edinéia. Ao todo, 11 pessoas ficaram desabrigadas, sete delas crianças com idade entre dois meses e nove anos. A Polícia Civil de Braço do Norte investiga o caso.
As chamas começaram por volta das 2h da madrugada, na casa de Eliane. “Meu marido estava dormindo na cozinha, acordou com um clarão na porta e só deu tempo de pegar meus três filhos. Saímos com a roupa do corpo apenas”, relembra a vítima, que tem um menino de apenas dois meses e outras duas meninas, uma com quatro e outra com dois anos.
Assim que deixaram o imóvel, o fogo se alastrou rapidamente e começou a atingir a casa das irmãs, que ficavam bem próximas. Todas elas foram surpreendidas pelas chamas e passaram o mesmo sufoco que Eliane. Na segunda residência morava Elidiane e duas filhas, com nove e quatro anos. Edinéia residia com outras duas crianças, de quatro e três anos, na última casa que foi destruída.
O Corpo de Bombeiros de Braço do Norte foi acionado, mas quando chegou no local as casas já estavam em chamas. Para conter o incêndio e evitar danos ainda maiores, foi solicitado apoio para a corporação de Orleans e somente após mais de duas horas de trabalho é que o fogo foi extinto. As três famílias foram encaminhadas para um alojamento pela assistência social do município, onde deverão permanecer pelos próximos meses, até que as casas sejam reconstruídas. Interessados em ajudar as três irmãs podem entrar em contato com elas através do telefone (48) 9996-7549.
Famílias suspeitam de incêndio criminoso
BRAÇO DO NORTE – Os peritos e investigadores da Polícia Civil voltaram ontem à tarde ao bairro Santa Augusta em busca de indícios das causas do incêndio, em Braço do Norte. Amostras de madeira foram colhidas e serão examinadas. Por enquanto, não há nenhuma informação oficial sobre como iniciaram as chamas, mas as famílias acreditam em incêndio criminoso.
“Uma pessoa presa por tráfico acha que foi a Edinéia que a denunciou. Acontece que eu troquei de casa com a Edinéia e foi exatamente neste imóvel que começaram as chamas. Acreditamos que tenha sido proposital, ainda mais depois de saber que esta pessoa ganhou liberdade nesta semana. Perdemos tudo por isso. Para mim, ainda parece mentira, a ficha não caiu”, afirma uma das irmãs.
Para a Polícia Civil, as linhas de investigações serão traçadas a partir do levantamento feito pela perícia e nos laudos que serão expedidos nos próximos dias. O caso será apurado e ainda não há acusados.