O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vem testando processo de melhorias no pavimento asfáltico, no trecho sul da BR-101, em Tubarão. O asfalto de microrevestimento a frio será adotado para trabalhos de melhorias na camada superficial de pistas, pois tem custo reduzido, é mais rápido para aplicar e traz melhor resultado na aderência aos pneus, impermeabilidade em dias de chuva e maior segurança para os usuários da rodovia federal.
O Dnit está testando o pavimento em quatro trechos, nos km 330 (Rio Capivari) ao km 332 (viaduto de acesso ao Revoredo) e entre o km 335 ao km 336 (Morrotes), todos em Tubarão. Foi aplicada camada superficial em apenas uma das faixas, em cada sentido de fluxo, nos segmentos. Os locais de instalação do microrevestimento são visíveis quando se transita pela rodovia, pois possuem coloração mais escura em comparação ao pavimento tradicional.
As vantagens do uso deste tipo de processo estão ligadas à maior segurança, ao maior nivelamento da pista, preservação de ralos, bueiros e caixas de inspeção, menor geração de poluentes, maior adesão ao pavimento existente. Com o uso do microrevestimento a frio, a retenção de tráfego é reduzida, bem como a impermeabilização de trincas é feita com maior eficiência.
Para comparação, em trabalhos rotineiros de melhorias nas pistas são necessários um equipamento fresador, um trator varredor, caminhão para aplicação de ligante/impermeabilizante, trator aplicador de CBUQ (Cimento Betuminoso Usinado a Quente,), caminhões basculantes para transporte de massa asfáltica e rolo compressor para adensamento. No processo de aplicação do microrevestimento é utilizado apenas uma usina móvel, atrelada a um caminhão.
O pavimento microrevestido não substitui as três camadas asfálticas que compõem as pistas duplicadas da BR-101. Em alguns pontos, o revestimento tradicional chega a 20cm, enquanto o pavimento em avaliação chega a ter 1,5cm. O objetivo do teste é avaliar o comportamento da aplicação quanto ao fluxo elevado de veículos. Pela reduzida dimensão, mesmo em grandes extensões, o revestimento adequa-se ao traçado de pistas, sem sobressaltos.
Conforme o Diário do Sul, em locais onde o pavimento tenha sido prejudicado e a exposição das camadas mais profundas tenham sido expostas, o Dnit vai proceder como de rotina, retirando todas as camadas danificadas e recuperando desde as bases. O pavimento de microrevestimento já é utilizado em outras rodovias, principalmente as concessionadas. Esta é a primeira vez que este tipo de cobertura é utilizada na BR-101 sul, para melhorias de pistas. O processo ainda está em testes e futuramente poderá ser utilizado na manutenção da rodovia federal.