Parte central da estrutura desabou no domingo (22), derrubando carros, motos e caminhões nas águas do rio; não há previsão para fim dos trabalhos
A Marinha do Brasil retomou na manhã desta quinta-feira (26) as buscas por vítimas da queda de ponte entre os estados de Tocantins e Maranhão. Até o momento, seis corpos foram encontrados no Rio Tocantins, entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Com a localização dessas vítimas, o número de desaparecidos diminui de 13 para 11.
Conforme a Polícia Militar tocantinense, as duas pessoas encontradas são Anísio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53. Ambos são avós de uma criança de 11 anos, que também teve a morte confirmada e já foi retirada do rio.
Segundo informações da polícia, eles foram encontrados dentro de um dos dois caminhões que caíram nas águas do rio Tocantins. Os veículos carregavam ácido sulfúrico (um produto corrosivo e altamente perigoso para a saúde humana) e defensivos agrícolas. Carros e motocicletas também foram atingidos na queda de ponte.
Queda de ponte deixa seis mortos e 11 desaparecidos
As outras vítimas já localizadas são Lorrane Cidronio de Jesus, 11 anos; Kecio Francisco Santos Lopes; Lorena Rodrigues Ribeiro, 25 anos; e Andreia Maria, com idade ainda não confirmada.
No domingo (22), a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, de 533 metros e mais de 60 anos, teve parte da sua estrutura colapsada. A estrutura faz parte de um eixo rodoviário importante para a região Norte, por ser ponto de travessia das rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).
Os veículos que ainda estavam sob a estrutura – dois carros, dois caminhões e uma caminhonete – já foram retirados do local. A parte restante da ponte apresenta problemas, como torção das vigas e pedaços de concreto soltos.
Buscas chegam ao quarto dia
Novas análises da água são realizadas para localizar possíveis contaminações causadas pela queda dos caminhões na água, que podem impactar nos trabalhos dos mergulhadores.
Um equipamento chamado “SideScan Sonar” está sendo utilizado para localizar os veículos que caíram no rio Tocantins e possíveis vítimas da queda de ponte. A Marinha disponibilizou 52 agentes para atuar nos trabalhos, além de 20 militares que trabalham, remotamente, na força-tarefa.
Os Corpos de Bombeiros Militares dos estados do Maranhão, Pará e Tocantins também atuam nas buscas, que não têm previsão de terminar.
Com informações do ND+