Segundo caso do final de semana foi registrado na região dos trilhos, no Bairro Paraíso, em Criciúma.
O balanço criminal do final de semana em Criciúma contou com mais dois crimes contra a vida. Dois homicídios foram registrados em uma das regiões mais criticas em relação à criminalidade na cidade: a Grande Pinheirinho, que durante a semana passada esteve destacada nas páginas do jornal A Tribuna, devido à onda de violência registrada somente neste mês.
Com esses dois casos, são quatro homicídios, somente na área Sul da cidade em abril. No sábado, por volta das 5h30min, a Polícia Militar foi acionada na Rua Imigrante Tomé, no Bairro Santo Antônio – divisa com o Pinheirinho – para verificar um homem caído, e aparentemente, sem vida. Foi constatado que a vítima aparentava um ferimento ocasionado por arma de fogo na região lateral do tórax.
Identificadohoras depois
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi deslocado e confirmou o óbito. Corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) onde ficou por horas sem identificação. Mais tarde a vítima de homicídio foi identificada como Carlos Magno Santiago, 35 anos. Conforme a polícia, ele tem antecedentes por furto, ameaça e lesão corporal contra homem e mulher, porém nunca cumpriu pena, mas a polícia não descarta envolvimento no comércio de entorpecentes.
Outro assassinato em 24 horas
Aproximadamente 24 horas depois, mais um chamado à polícia pelo mesmo crime. Luciano Costa Woisikoske, 33 anos, estava caído em uma casa, localizada na Rua Imigrante Zanette, no Bairro Paraíso. O proprietário do local informou à polícia que tinha saído, e quando retornou, encontrou a porta violada e o homem caído. Fato foi registrado por volta das 6h. Ele saiu do presídio em fevereiro onde cumpria pena por homicídio.
A vítima chegou a ser encaminhado pelo Samu, com um tiro na cabeça, ao Hospital São José, mas não resistiu ao ferimento. A Polícia Civil investiga os casos e aponta que, em ambos, tem o tráfico de drogas como pano de fundo.
Mais homicídios que no ano passado
Segundo o policial civil e técnico do IML, Almir Fernandes, com estes dois casos, sobe para 16 o número de homicídios em Criciúma – este dado não está contabilizado os quatro mortos em confronto com a polícia. No mesmo período do ano passado foram 11. Na Região Carbonífera somam 21, sendo quatro em Içara e um em Morro da Fumaça. “Destes, 16 por arma de fogo, quatro por arma branca e um por asfixia”, soma.
ATribuna/Talise Freitas
Foto: Rodrigo Medeiros