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Durante os 67 anos do Império do Brasil, ocorreram muitas revoltas e conflitos no interior do país, resultantes do descontentamento da população em relação a medidas tomadas pelo governo imperial. A Revolta do Quebra-Quilos foi mais uma entre esses eventos e ficou marcada por uma insatisfação generalizada de um grupo de pessoas.
Em 1862, durante o reinado de D. Pedro II, foi aprovada uma lei que determinava que o sistema de pesos e medidas em uso fosse trocado por um sistema métrico francês. No entanto, a medida só foi implementada 10 anos depois, em 1872, quando foi oficialmente promulgado um decreto para isso.
Em 1874, as novas mudanças começaram a afetar os trabalhadores das áreas mais interioranas do Brasil, que já estavam acostumados com outros sistemas de medidas. Os lavradores temiam que os novos padrões os desfavorecessem nas relações de comércio com comerciantes e cobradores de impostos. Além disso, na época circulava uma crença supersticiosa de que o metro e o quilo eram representações do demônio.
Em meio a essa insatisfação, iniciou-se uma revolta no dia 31 de outubro de 1874 no município de Campina Grande, no interior do estado da Paraíba, com um grupo de rebeldes liderados por João Vieira, conhecido como ‘’João Carga d’Água”. Em um dia de feira na cidade, os revoltosos chegaram ao local e quebraram muitos equipamentos, como caixas de madeira de um e cinco litros e pesos usados em balanças. A revolta rapidamente ganhou intensidade e se espalhou para outras áreas do estado e também da região Nordeste do país.
O governo imperial enviou tropas para todas as regiões com rebeliões com o intuito de conter a revolta e restabelecer a paz. A repressão por parte dos soldados foi violenta, com muitas prisões e o uso da prática do “colete de couro”, que causava danos e lesões nas pessoas. Em janeiro de 1875, o governo conseguiu fazer com que os conflitos cessassem por completo. Até os dias atuais, não se sabe ao certo quantas pessoas vieram a óbito nessa revolta, mas acredita-se que não tenha sido um número muito alto.
Fontes consultadas:
https://pt.wikipedia.org
https://www.infoescola.com