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Casal de brasileiros tem 1° filho durante passagem do furacão Milton na Flórida e relatam tensão

Embora a temporada de furacões ainda não tenha terminado, a família está aliviada

Foto: Arquivo pessoal

A chegada do pequeno George, primeiro filho de Jorge e Eduarda Campos, um casal de Florianópolis, foi marcada por muita apreensão e solidariedade. O nascimento aconteceu na segunda-feira (7), enquanto o furacão Milton avançava pela Flórida, onde o casal reside há três meses.

Jorge, pai de primeira viagem, relembra o clima de incerteza no hospital, enquanto a força do furacão ganhava intensidade. “O George dormia, e nós assistíamos à fúria do fenômeno pela janela”, contou ele, ainda abalado pela experiência.

Mudança para os EUA

O casal se mudou para os Estados Unidos por causa de uma oportunidade de trabalho para Eduarda, dentista, que foi convidada por um amigo a trabalhar na Carolina do Norte. Após passar por um processo de validação do diploma e obter o visto, eles decidiram se estabelecer na Flórida, próximo à comunidade brasileira.

Avisos de furacão

A semana anterior ao nascimento de George foi cheia de incertezas. Avisos sobre o furacão começaram a surgir, e no domingo (6) a categoria foi elevada de 1 para 3, gerando preocupação. “Quando estávamos no hospital, minha sogra estava sozinha em casa, sem comida, água ou lanterna”, relatou Jorge.

Nascimento e momentos críticos Mesmo com o furacão se aproximando, os médicos decidiram seguir com o parto cesariano. “Quando todos os celulares dos médicos tocaram ao mesmo tempo com os alertas, foi assustador. Tentei manter a calma, mas a tensão foi imensa”, disse Jorge.

George nasceu às 17h20, pesando 3,4 kg e medindo 55 cm. Eduarda precisou ficar internada por mais um tempo enquanto o furacão fazia sua passagem.

Escassez nos supermercados e apoio da comunidade

Enquanto o furacão causava estragos, a preocupação se intensificou. Jorge contou que sua sogra e uma prima, que estavam na Flórida para ajudar com o bebê, enfrentaram prateleiras vazias ao tentarem comprar comida. “Eu escondi isso da minha esposa para não preocupá-la”, disse ele.

Após receber alta do hospital, Jorge saiu às pressas em busca de suprimentos. “Passei por três supermercados, mas apenas um, brasileiro, ainda tinha alguns itens disponíveis”, relatou.

O apoio dos vizinhos, no entanto, fez toda a diferença. “Quando contei no grupo do condomínio que tínhamos acabado de ter um bebê e não tínhamos água, os vizinhos, que mal conhecíamos, trouxeram o que podiam: água, lanterna e alguns mantimentos”, contou ele, emocionado.

Enfrentando o furacão

O momento mais tenso foi na quarta-feira (9), com ventos fortes que sacudiram a casa. “Parecia que três mangueiras de bombeiro estavam jorrando água na janela. Foi assim das 21h até meia-noite”, descreveu Jorge. Apesar da intensidade, a casa da família sofreu poucos danos.

Na manhã seguinte, os serviços de limpeza já haviam começado, e a situação foi se normalizando rapidamente. “A limpeza pública foi impressionante. Na sexta-feira (11) de manhã, já não havia sujeira”, disse Jorge.

Recuperação e esperança

Embora a temporada de furacões ainda não tenha terminado, a família está aliviada. “Ainda há um pouco de apreensão, principalmente da Eduarda, mas estamos bem. É uma mistura de alegria pelo bebê com a tensão de tudo que passamos”, finalizou Jorge.

Apesar dos desafios, a solidariedade e o cuidado com o recém-nascido trouxeram esperança em meio à tempestade.

Com informações do g1

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