Segurança

Suspeita de compra de votos: candidato a vice-prefeito em Laguna é abordado com R$ 36 mil

A Polícia Civil afirma se tratar de um "sofisticado" esquema de corrupção eleitoral; candidato a vice-prefeito rebate as acusações.

Operação apreende dinheiro que supostamente seria usado em compra de votos – Foto: Polícia Civil

Candidato a vice-prefeito de Laguna, Nilson Coelho Filho (PP), foi abordado pela Polícia Civil de Santa Catarina na tarde de sexta-feira, 4, por estar portando dois malotes contendo R$ 36 mil em seu veículo. A PC considera que dinheiro iria ser usado para compra de votos.

De acordo com a PC, a Operação “Tempus Veritatis”, que foi deflagrada na última quarta-feira, 2, visa “desarticular um sofisticado esquema de corrupção eleitoral envolvendo a compra de votos no município de Laguna”. O candidato, conhecido como Nilsinho, foi conduzido à delegacia e teve seu celular e dinheiro apreendidos pela PC. Coelho integra a chapa encabeçada pelo ex-prefeito Mauro Candemil (MDB).

Segundo as autoridades, a primeira fase da operação teve como alvo um sítio pertencente a um ex-agente público de Laguna, que era utilizado para ocultar grandes quantias destinadas à cooptação ilícita de eleitores para um determinado partido político.

Durante a operação, os principais suspeitos conseguiram deixar o local às pressas, aparentemente avisados por alguém que tinha acesso à operação da Polícia Civil. Mas, segundo as autoridades, foram identificados candidatos, agentes públicos e policiais supostamente envolvidos no esquema criminoso.

Além disso, durante as buscas foram apreendidos documentos que apontam para a possível prática de corrupção eleitoral, como envelopes com valores anotados e listas contendo informações nominais de possíveis eleitores aliciados.

O delegado Bruno Fernandes, coordenador da operação na DIC de Laguna, ressaltou que “a Polícia Civil é, acima de tudo, uma instituição comprometida com o Estado Democrático de Direito. Nossa missão é garantir que o processo eleitoral ocorra de forma justa e transparente, livre de influências criminosas que possam comprometer a vontade popular”.

O delegado Ricardo Kelleter, da Decor/Sul, que trabalhou em conjunto na operação, afirmou que a ação demonstra que a corrupção eleitoral não será tolerada em Santa Catarina e que serão investigados e responsabilizados todos os envolvidos, independentemente de sua posição ou influência.

“É importante salientar que todos os envolvidos, incluindo os policiais implicados no esquema, já foram devidamente identificados. As investigações continuam em andamento na sede da DIC, sob a liderança do Delegado Bruno Fernandes.

Candidato a vice-prefeito responde a acusações

Nas suas redes sociais, Nilsinho (PP) comentou sobre ter sido conduzido à delegacia e diz que a apreensão de seu celular e dinheiro é jogo político. Durante o vídeo ele alega que essa situação é uma covardia.

“Pessoal! Eu sou do ramo da construção civil, pavimentação em terraplanagem. Fui hoje apreendido como um bandido com 18 mil reais em espécie, indo pagar meus funcionários. Um terço da minha folha eu pago para eles. Quero dizer que eu tenho muito funcionário meu esperando esse dinheiro chegar para poder cumprir seus compromissos”, diz o candidato.

Com informações do site ND+

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