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A Transição entre o Calendário Juliano e o Gregoriano

Foto – Divulgação

No ano de 46 a.C., o então imperador do Império Romano, Júlio César, aconselhado pelo astrônomo Sosígenes de Alexandria, implementou um calendário para a marcação do tempo na Terra com o objetivo de alinhá-lo com o ano solar, nomeando-o de calendário Juliano em sua homenagem. Os meses de janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro contavam com 31 dias; fevereiro tinha apenas 28 dias (com exceção dos anos bissextos, quando tinha 29 dias); e abril, junho, setembro e novembro contavam com 30 dias.

Durante o século XVI, mais precisamente no dia 24 de fevereiro de 1582, o então Papa Gregório XIII criou um novo calendário que a humanidade deveria adotar. Ele o nomeou de gregoriano, também em sua homenagem, e ordenou que a partir daquele ano ele fosse implementado, substituindo o calendário criado por Júlio César. O motivo da troca foi que o calendário Juliano apresentava pequenos erros de cálculo, pois seu ano médio era de 365,25 dias, enquanto o ano solar é equivalente a 365,2422 dias, ou seja, um pouco mais curto. Isso fazia com que, ao passar dos séculos, a data dos equinócios e solstícios fosse alterada gradualmente.

Devido a isso, durante o século XVI, já havia um acúmulo de quase 10 dias, o que acabava refletindo em celebrações da Igreja Católica, como a Páscoa, que dependia do equinócio de primavera para sua celebração. Então, com o objetivo de corrigir isso, o Papa Gregório XIII reuniu-se com diversos matemáticos e astrônomos de sua época e lançou a bula papal chamada “Inter Gravissimas”, que foi responsável por colocar em prática o calendário gregoriano no mundo. Para corrigir o desvio de dias acumulados, o dia posterior a 4 de outubro de 1582 foi 15 de outubro de 1582. Também foi estabelecida uma nova regra quanto aos anos bissextos: anos múltiplos de 100 não seriam bissextos, a menos que fossem também múltiplos de 400.

Na bula também constavam algumas regras que deveriam ser seguidas quanto à impressão dos calendários, a fim de que não houvesse erros ou falhas. Além disso, nenhuma gráfica poderia imprimi-los sem a devida autorização da Igreja Católica Romana. Os primeiros países a adotá-lo foram aqueles com uma grande maioria de pessoas adeptas ao catolicismo, como Itália, Espanha e Portugal. Já os países que viviam o protestantismo foram os que mais demoraram para implementar o novo calendário, como a Grã-Bretanha, que só aceitou a transição para o calendário gregoriano no ano de 1752.

 

Fontes consultadas:

https://pt.wikipedia.org

https://brasilescola.uol.com.br

https://www.todamateria.com.br

https://www.infoescola.com

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