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O transporte ferroviário pelo Brasil

Foto: Lincon Zarbietti

A história de trens carregando passageiros e cargas pelos interiores do país é antiga. As primeiras malhas ferroviárias foram implementadas na década de 1850 e tiveram um impacto muito significativo na economia da época. A Estrada de Ferro Mauá, no estado do Rio de Janeiro, foi a primeira a ser construída no território nacional. Ela ligava as cidades de Petrópolis e Rio de Janeiro, possuía 14,5 km de extensão e foi idealizada pelo Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza.

Um século depois, em 1957, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, foi criada uma empresa estatal de transporte ferroviário com o intuito de cobrir grande parte do Brasil. Nomeada Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), começou a atuar como uma entidade fiscalizadora e de estudos tarifários, extinguindo assim o antigo Departamento Nacional de Estradas de Ferro (DNEF). A RFFSA foi formada por grandes estradas ferroviárias pelo Brasil afora até ser extinta no ano de 2007.

O transporte ferroviário traz uma gama de benefícios se comparado ao rodoviário. Entre eles, podemos citar a redução de custos, pois ele consegue carregar uma maior quantidade de carga em comparação a caminhões, que precisariam de muitas viagens para isso. Também contribui para a redução do congestionamento e da precariedade das rodovias, já que muitos veículos carregam uma quantidade acima de seu limite, afetando a condição das estradas. Além disso, registra uma menor incidência de furtos ou acidentes e emite uma quantidade muito menor de dióxido de carbono (CO2) por tonelada-quilômetro em relação aos caminhões.

Atualmente, as redes ferroviárias do país enfrentam situações que muitas vezes impedem seu desenvolvimento e expansão. O principal desafio são os recursos limitados, pois o investimento financeiro nessa área é carente e precisa de mais atenção do governo. O tamanho dos trilhos (as chamadas bitolas) também dificulta muito a expansão, pois muitas linhas não conseguem se conectar devido às suas larguras diferentes. Além disso, há a questão da desapropriação e deslocamento de comunidades por onde a linha passa.

Em meio a isso, ainda há esperanças de que as linhas ferroviárias voltem com grande intensidade no Brasil. Nos últimos anos, o governo tem investido em infraestrutura ferroviária, incluindo a construção de novas linhas, a expansão das já existentes e a modernização daquelas que possuem uma forma mais antiga de operar, trocando-as por tecnologias mais modernas e sustentáveis.

Fontes consultadas:

https://pt.wikipedia.org

https://educacao.uol.com.br

Escrito por Thiago Fonntaela

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